POLÍTICA
Empresa vai fechar dique do Açude São Gonçalo para evitar risco de rompimento
Decisão foi acordada durante reunião realizada na Procuradoria-Geral de Justiça.
Publicado em 05/02/2019 às 9:57 | Atualizado em 05/02/2019 às 11:51
As obras de fechamento do dique do Açude São Gonçalo, em Sousa, no Sertão da Paraíba, devem ser concluídas até o próximo dia 26 de fevereiro. A decisão foi acordada durante reunião realizada na Procuradoria-Geral de Justiça com a PB Construções, empresa responsável pela construção. Os serviços devem atenuar o risco iminente de rompimento da barragem, que integra o eixo norte da transposição das águas do São Francisco, em caso de chuvas volumosas na região.
Também participaram do encontro representantes dos ramos do Ministério Público do Estado (MPPB) e do Ministério Público Federal (MPF), além do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).
Na reunião, o 1º subprocurador-geral de Justiça, Alcides de Moura Jansen, explicou que a reunião foi motivada pela verificação de que o atraso nas obras dos açudes da Paraíba, principalmente, de São Gonçalo, geram insegurança e risco à população da cidade de Sousa.
“Como sertanejo nunca pensei que chegaria a desejar que não chovesse, mas isso ocorre hoje, devido à situação das obras”, disse 1º subprocurador-geral de Justiça, explicando que o Ministério Público da Paraíba estava alertando para as responsabilidades dos atores envolvidos e que, em caso de danos às vidas, seriam cobradas, devidamente. O representante do MPPB afirmou que o objetivo era chegar uma solução imediata para o problema verificado.
Providências
Após várias discussões e análises técnicas, a PB Construções se comprometeu em concluir a concretagem da base do dique da barragem até a próxima sexta-feira (8) e o fechamento do dique até o dia 26 de fevereiro. O Dnocs, por sua vez, comprometeu-se em enviar até esta sexta-feira à empresa o procedimento executivo para o fechamento do dique com terraplanagem (projeto técnico). Ficou claro a urgência de se resolver a situação do açude, cuja ensecadeira provisória (barramento) preocupa o MP, o Dnocs e a empresa.
Atraso no repasse do recurso
Também ficou claro, durante a reunião, que os atrasos no repasse dos recursos pelo Governo Federal estão dificultando o andamento da obra. O açude deveria ter sido concluído em 16 meses e a construção já se arrasta por 22 meses. Foram concluídos 43,8% dos serviços, sendo que só foram pagos, efetivamente, 24% do valor devido. Durante a reunião, o engenheiro do Dnocs, Alberto Gomes, informou que houve a liberação de R$ 2,6 milhões para a obra, pelo Governo Federal.
Açude de Poções
Sobre o açude de Poções, em Monteiro, que faz parte do eixo leste da transposição, o Ministério Público Federal comprometeu-se a enviar ao Dnocs a exposição fática (relatório) da empresa PB Construções em relação ao cronograma da obra. Sobre a segurança das barragens de Poções e Camalaú, o MPF explicou que a situação foi judicializada, houve descumprimento do prazo e que isso seria discutido em audiência, nesta terça-feira, no MPF.terça-feira, no MPF.
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