POLÍTICA
Empresário da PB vai responder em liberdade por ligação com esquema de RO
Ele foi preso na última quarta-feira em decorrência da Operação Feudo.
Publicado em 15/04/2019 às 18:32 | Atualizado em 20/01/2021 às 17:40
Um empresário paraibano suspeito de participação em um esquema que teria desviado recursos públicos em Rondônia, na Região Norte, conseguiu uma decisão liminar da Justiça para responder ao processo em liberdade. O habeas corpus foi concedido pelo Juiz Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, César Jatahy Fonseca, nesta segunda-feira (15).
Na decisão, o magistrado afirma que "a liberdade do indivíduo se impõe como regra geral" e alega não vislumbrar "indícios concretos de eventual risco de fuga do paciente a justificar a imposição da prisão cautelar, uma vez que, segundo consta dos autos, tanto o endereço do paciente quanto da sede da sua empresa COENCO (Construção e Empreendimentos e Comércio Ltda) são de João Pessoa /PB".
O juiz César Jatahy Fonseca pontua, ainda, que o perigo da concessão da liberdade foi descrito em termos genéricos pelo Ministério Público, "sem evidenciar o risco concreto e, sobretudo, atual decorrente da liberdade do paciente", embora "a autoridade impetrada indica a existência de uma longa e complexa investigação envolvendo organização criminosa voltada para a prática de diversos delitos (peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de capitais e organização criminosa)".
Entenda o caso
O empresário foi preso na última quarta-feira (10) durante operação da Polícia Federal, que cumpriu mandatos de prisão e de busca e apreensão contra o empresário, que é do ramo da construção civil, em João Pessoa, além de outros nos municípios de Cacoal, Ministro Andreazza e Santa Luzia, em Rondônia.
O foco da investigação é um grupo suspeito de desviar recursos a partir de fraude em processo licitatório envolvendo recursos direcionados à obra de saneamento básico no município de Ministro Andreazza (RO). O trabalho conta com a participação de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações tiveram início ainda em 2015.
As investigações apontam que os membros da Organização Criminosa agiram em conluio para direcionar o vencedor do milionário contrato da obra de saneamento básico do município. Segundo a PF, o valor da licitação vencida pela empresa para execução do saneamento básico foi de R$ 18 milhões e até a presente data foram executados aproximadamente 65% dos serviços, porém já foram identificados aproximadamente R$ 3 milhões em prejuízos.
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