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POLÍTICA

Engenheiro comparece à Câmara de CG, mas fica calado em sessão da CPI

Representante da Compecc é acusado de ter repassado dinheiro durante campanha eleitoral de Campina Grande.

Publicado em 06/10/2015 às 8:25

Depois do ex-secretário de Finanças, Júlio César Cabral, mais um convocado pela CPI do Tesoureiro, no âmbito da Câmara Municipal de Campina Grande, garantiu na Justiça o direito de ficar calado durante depoimento sem correr o risco de ser preso. Trata-se do engenheiro Inaldo Luiz Silva de Assis, que prestou serviços à Compecc. O juiz da 4ª Vara Criminal, Wandemberg de Freitas Rocha, acatou em parte o pedido de liminar no habeas corpus preventivo impetrado pela defesa.

Inaldo Luiz, que estava acompanhado pelo advogado José Mário Porto, prestou informações básicas como nome, estado civil, quantidade de filhos, endereço e profissão. Depois, a CPI veiculou um vídeo com as denúncias do ex-tesoureiro da PMCG, Rennan Trajano, citando inclusive que por diversas vezes recebeu pacotes de dinheiro, entre R$ 100 mil e R$ 300 mil, das mãos de Inaldo, durante a gestão do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB). Segundo Rennan, a JGR Construções, Compecc e Comtérmica receberam por obras não realizadas mais de R$ 10 milhões e repassaram recursos à campanha do PMDB, por meio de um contrato celebrado em 2009, com a PMCG. Veneziano já refutou as acusações e chamou Rennan de “extorquidor”.

Após a exibição do vídeo, os integrantes da CPI – vereadores João Dantas (presidente), Alexandre do Sindicato (relator) e Rodrigo Ramos (membro) - fizeram diversas perguntas a Inaldo Luiz sobre as denúncias de Trajano, mas ele repetia que iria exercer o direito de ficar em silêncio.

Também durante a sessão da CPI, foi aprovada a convocação para depor do atual secretário de Ciência e Tecnologia da prefeitura, vereador licenciado Hércules Lafite (PSC). A sessão será manhã. Na gestão passada, Lafite exerceu o cargo de gerente financeiro na Secretaria de Finanças. De acordo com Rennan, ele emitiu com o então secretário Júlio César cheques pré-datados para quitar obras que não teriam sido executadas.

Em nota, Lafite disse que o procedimento utilizado pela prefeitura para pagamentos mediante cheques se dava com a assinatura da cártula creditícia por parte do secretário de Finanças em concomitância com a assinatura do diretor financeiro. Só na ausência deste último, pelo gerente financeiro.

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Jornal da Paraíba

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