POLÍTICA
Famintos: Justiça determina que secretária de Educação de CG permaneça presa em cela especial
Decisão prevê que ela vá para Presídio Feminino, mas abre possibilidade de ir para unidade da PM.
Publicado em 25/07/2019 às 17:46 | Atualizado em 26/07/2019 às 7:40
A Justiça determinou que a secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda Barbosa, permaneça presa em uma cela especial, o que pode fazer com que ela seja transferida para uma unidade de Polícia Militar. Iolanda foi alvo da Operação Famintos suspeita de participação direta no esquema de fraudes em licitações que desviou dinheiro da merenda escolar. Ela se apresentou na manhã desta quinta-feira (25) na delegacia da Polícia Federal de Campina Grande.
A Operação Famintos foi deflagrada na quarta-feira (24). As investigações foram iniciadas a partir de representação autuada no MPF, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande, mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos parceiros, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões.
A transferência foi determinada na tarde desta quinta-feira pelo juiz das Execuções Penais Vladimir Nobre de Carvalho atendendo ao pedido da defesa, que indicou o direito a cela especial por se tratar de preso com nível superior. Na decisão, o juiz determina que Iolanda seja encaminhada para uma cela especial no presídio feminino em Campina Grande, podendo ser encaminhada para uma unidade da Polícia Militar de acordo com a disponibilidade.
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Expectativa da defesa
O advogado da secretária disse que até o fim da tarde desta quinta-feira não tinha tido acesso a todas as escutas telefônicas que foram produzidas na investigação. Mas, segundo ele, nada que foi apresentado durante a audiência de custódia tinha conteúdo que possa ser considerado comprometedor. “Ela é inocente, inclusive se apresentou voluntariamente, se prontificou a responder todas as perguntas da autoridade policiais e do MPF, esclareceu todos os questionamentos”, sustenta.
“Aguardaremos o prazo de cumprimento dessa prisão temporária na esperança de que ela não seja convertida em prisão preventiva”, disse o advogado Guilherme Moura.
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