POLÍTICA
Folha denuncia pagamento de matéria
Segundo jornal, senador teria comprado matérias em jornais paraibanos.
Publicado em 26/05/2012 às 10:54
Pelo menos um dos servidores comissionados 'sob regime especial de frequência' do gabinete do senador Vitalzinho comprovadamente não frequenta o trabalho: a estudante Maria Eduarda Lucena dos Santos, filha do jornalista Adelson Barbosa.
Segundo a reportagem da Folha, a servidora 'fantasma' não é jornalista e nunca prestou qualquer tipo de serviço como assessora parlamentar do senador Vital do Rêgo Filho.
Em reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo, na última terça-feira, Barbosa revelou usar o cargo da filha para ficar com o salário e dividir o dinheiro com outros dois colegas jornalistas que fazem assessoria de imprensa de Vital.
Sobre o tema, o senador Vitalzinho disse apenas que estava abrindo uma sindicância interna em seu escritório em João Pessoa para apurar as irregularidades. “Liguei para o meu gabinete e fui informado de que a funcionária presta serviço regular e eles estão tomando as providências na Paraíba”.
Não bastasse os servidores 'fantasmas', a Folha acusou ainda, na última quinta-feira, o senador Vital de usar dinheiro público para comprar reportagens a seu favor na imprensa paraibana. Ao menos três jornalistas, de rádio e sites da internet, confirmaram que recebem dinheiro de verba indenizatória do senador Vitalzinho para publicar matérias que seu gabinete encaminha ou produz.
Segundo a reportagem da Folha, desde que assumiu o mandato em 2011, Vitalzinho repassou R$ 41 mil para os outros três jornalistas. Apenas para o Blog Mais PB, de junho de 2011 até maio deste ano foram pagos R$ 20 mil.
O jornalista responsável pelo site, Heron Cid, disse à Folha que “o pagamento só é feito quando a empresa, além da nota fiscal, manda o comprovante das matérias. Mensalmente a assessoria pede o envio das notas”, afirmou.
Além do Mais PB, também são citados pela reportagem os nomes dos radialistas Paulo Roberto Florêncio e Sílvio Romero.
Ambos confessaram à reportagem receber dinheiro para divulgar material 'emitido' pela assessoria do senador peemedebista.
“Sou jornalista, tenho um programa de rádio e falo a divulgação do parlamentar durante o programa. Ganho para isso”, afirmou Florêncio.
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