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POLÍTICA

Francisca investe R$ 35 milhões R$ 25 mi em obras

Peemedebista destaca o corte na folha de pessoal para enxugar a máquina pública e anuncia a aplicação de R$ 35 milhões em obras.

Publicado em 06/04/2013 às 6:00

A prefeita de Patos, Francisca Motta (PMDB), faz hoje uma avaliação dos resultados obtidos nos primeiros meses de administração na quinta entrevista da série “E Agora, Prefeito? 100 Dias de Gestão”, do JORNAL DA PARAÍBA. A peemedebista destaca o corte na folha de pessoal para enxugar a máquina pública e anuncia a aplicação de R$ 35 milhões em obras estruturantes para a cidade, entre elas está o Canal do Frango, a Alça Sudeste e a construção do Teatro Municipal. Chica Motta, como é mais conhecida entre os eleitores, garante que vai modernizar a gestão através da implantação do Plano de Ação Estratégica e aponta as dificuldades no planejamento gerado pelas constantes reduções no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).


JORNAL DA PARAÍBA- Quais as principais dificuldades encontradas pela senhora quando assumiu o governo e quais já foram superadas?

FRANCISCA MOTTA - Iniciamos a nossa gestão cumprindo exigências do Tribunal de Contas, que determinou o enxugamento da folha de pessoal através do afastamento de servidores. A queda dos valores de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), aliada à forte estiagem que vem castigando o nosso Sertão, foram desafios comuns a praticamente todos os prefeitos da Paraíba neste início de gestão. Mas, em Patos, além de cumprirmos as determinações judiciais, concentramos esforços em ações de combate à seca, como a inscrição de agricultores junto ao Propac para construção de cisternas de placa, o aumento do número de vagas do Garantia-Safra 2012/2013, de 353 para 494, a inclusão do município na Operação Carro-Pipa do Governo Federal que atende 132 famílias semanalmente com a distribuição de água potável, além da aquisição, através do deputado Hugo Motta, de uma patrol, uma retroescavadeira e dois tratores de pneu.

JP - Quais os principais investimentos previstos para a cidade?

FRANCISCA - Obras estruturantes avançam em diferentes
bairros. Estamos em fase de conclusão da segunda etapa do Canal do Frango, uma das maiores obras de macrodrenagem da Paraíba, orçada em R$ 27 milhões, assim como estamos na reta final da construção da Alça Sudeste, obra estruturante que também representará um marco para a mobilidade urbana da cidade. Quatro creches modelos, padrão Proinfância serão construídas, com capacidade para 250 crianças cada, assim como estamos construindo a sede da Escola Municipal Zefinha Motta, que será uma das maiores de Patos, com recursos próprios. Duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão sendo edificadas e mais seis Unidades Básicas de Saúde serão entregues à população. Um centro de iniciação de esportes, ginásios poliesportivos e praças beneficiarão patoenses em diferentes localidades.

JP - Como está a relação com os servidores? Já há a previsão de reajustes ou outros benefícios para as diversas categorias do funcionalismo municipal?

FRANCISCA - A determinação do Tribunal de Contas, logo no início da gestão, quanto ao enxugamento da folha de servidores, nos deixou inquietos pelos bons profissionais que tiveram que ser afastados. Além disso, a necessidade do município equilibrar o seu índice prudencial, fez com que o Tribunal de Contas sinalizasse negativamente para qualquer reajuste salarial nesse início de gestão. Fizemos questão de receber o Sindicato dos Funcionários Públicos de Patos e Região que nos trouxe reivindicações de aumento salarial para professores e demais categorias, embora o piso salarial pago pela Prefeitura já ultrapasse o piso nacional, e a hora/aula paga em Patos seja uma das mais bem pagas do país. Sabemos a importância da valorização constante dos servidores do município, pois quanto mais estimulado o funcionalismo for, melhor a qualidade do serviço prestado à população. Somente após a análise do índice apontado no primeiro Relatório de Gestão Financeira do município, o chamado RGF, é que voltaremos a estudar, junto às categorias, possíveis reajustes ou aprovações de PCCRs.

JP - Em relação às obras, quais os novos projetos já estão em andamento?

FRANCISCA - Estamos com novos projetos em todas as áreas da administração seguindo o nosso Plano de Governo. Atualmente estamos realizando a implantação de uma Central de Monitoramento de Trânsito através de uma PPP, realizamos a entrega de tablets aos agentes de trânsito que estão trabalhando com tecnologia móvel; assinamos a abertura da licitação para a construção de um Centro de Referência de Atendimento á Mulher; estamos informatizando todas as Unidades de Saúde com a implantação de um Complexo Regulador que agilizará a marcação de consultas, além de estarmos lançando o programa de prevenção “Bem Saudável,” estimulando patoenses à prática da caminhada e inaugurando uma Academia de Saúde; também estamos avançando no projeto de construção de uma Concha Acústica na Praça Edvaldo Motta para a promoção cultural da cidade; além disso, logo assinaremos a Ordem de Serviço para a construção do Teatro Municipal da cidade, orçado em R$ 3 milhões.

JP - A senhora encontrou obras paralisadas deixadas por gestões anteriores? Quais já foram retomadas?

FRANCISCA - Retomamos as obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no bairro Bivar Olinto, cuja pausa no cronograma ocorreu por uma pendência da empresa responsável, junto à Caixa Econômica Federal.

JP - A senhora está sucedendo um aliado político, o ex-prefeito Nabor Wanderley. Essa proximidade ajudou na transição e no início da gestão?

FRANCISCA - É verdade. Pela primeira vez na história político-administrativa de Patos um prefeito reeleito consegue eleger um sucessor, e isso para mim é gratificante, porque enquanto deputada sempre me fiz presente na administração Nabor Wanderley peregrinando junto com o ex-prefeito em busca de recursos para a cidade. Por isso tivemos uma transição tranquila. Mas, essa condição não nos envaidece, nos compromete ainda mais com a população, por saber que estamos sucedendo um gestor que terminou o seu segundo mandato com cerca de 80% de aprovação popular e com um volume muito grande de obras iniciadas no último ano do seu governo.

JP - Como tem sido o relacionamento com o Governo Estadual e o Governo Federal nesse início de gestão?

FRANCISCA - Tive a oportunidade de assumir os destinos de uma cidade, com obras estruturantes em andamento. Se para execução destas obras contássemos apenas com a realidade financeira do município, jamais poderíamos testemunhar, por exemplo, a construção do Canal do Frango – orçado em R$ 27 milhões, ou a edificação da Alça Sudeste – orçada em cerca de R$ 5 milhões. É nesta perspectiva de crescimento e de necessidade de execução de outras obras estruturantes que temos buscado e conseguido significativo apoio do Governo Federal, tornando Patos uma das cidades que possuem mais convênios em execução na Paraíba, obras de pequeno, médio e grande porte, com recursos liberados pela Caixa Econômica Federal ou através de emendas parlamentares. Para tanto, com base em projetos importantes para a cidade, a exemplo do saneamento básico, da revitalização do rio Espinharas e ações mais eficazes de combate à seca, logo que assumimos o nosso mandato protocolamos um pedido de audiência com o governador do Estado, mas ainda não obtivemos resultado.

JP - Como tem sido a relação com a Câmara Municipal?

FRANCISCA - Construí minha história de trabalho na Paraíba, através do Poder Legislativo Estadual, exercendo, por cinco vezes, mandatos parlamentares que me permitiram obter resultados positivos, na busca de melhorias para a vida dos paraibanos. Isso só foi possível porque sempre mantive um relacionamento sadio com o Poder Executivo, mas, sobretudo, por respeitar a independência e particularidades de cada Poder. Agora, como chefe do Executivo patoense, a nossa postura de trabalho não será diferente.

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Jornal da Paraíba

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