Frei Anastácio defende reaproximação de Couto e Maranhão para 2010

Phelipe Caldas

O ex-deputado estadual e atual superintendente do Incra, Frei Anastácio (PT), declarou na tarde desta segunda-feira (1º), em entrevista à Rede Paraíba Sat, que ainda defende uma reaproximação do deputado federal Luiz Couto (PT) com o governador José Maranhão (PMDB), como forma de viabilizar a candidatura do parlamentar petista para o Senado Federal na chapa encabeçada pelo governador.

Frei Anastácio é aliado do deputado estadual Rodrigo Soares (PT) e fez campanha contra a reeleição de Luiz Couto para a presidência do Partido dos Trabalhadores, sendo um dos maiores críticos do padre durante o Processo Eleitoral Direto da legenda.

Mas agora, após a vitória de Rodrigo no pleito interno, ele tenta pacificar as diferentes tendências do PT. “Luiz Couto é um quadro importante que dignifica o partido, de forma que sua candidatura ao Senado seria forte e sua eleição seria de grande importância para o PT paraibano”, opinou o frei. “Ele tem um mandato propositivo e seria um nome forte da legenda para o Senado”, completou.

O religioso, contudo, diz que para a candidatura de Couto sair do papel ele precisa se desarmar e se abrir ao diálogo, o que segundo ele não vem acontecendo até agora. “Luiz Couto adotou uma postura de enfrentamento que colocou arestas à sua candidatura ao lado do PMDB, mas se ele aceitar dialogar o problema ainda pode ser contornado”, defendeu.

Sobre o palanque da presidenciável Dilma Roussef (PT) na Paraíba, Frei Anastácio disse que ela vai ter um grupo forte lhe apoiando no Estado, mas que ainda é cedo para dizer como esse será montado. “Ainda não temos como dizer se teremos apenas um ou dois palanques, mas já podemos dizer que a estrutura pró Dilma a ser montado no Estado será forte”, destacou.

Ele arriscou ainda um palpite sobre a disputa em nível nacional e apostou que o pré-candidato tucano à Presidência, o governador paulista José Serra (PSDB), vai desistir da disputa. “Quando ele perceber que não tem chances de derrotar Dilma ele vai desistir da candidatura e vai disputar à reeleição para o Governo de São Paulo. Ele não vai trocar o certo pelo duvidoso e vai optar por continuar governando um Estado importante como São Paulo”, concluiu.