POLÍTICA
Gervásio Filho reclama de boicote contra empréstimo do BNDES
Deputado disse que oposição tentava procrastinar a discussão, fazendo seguidas solicitações apenas para adiar a necessária "autorização legislativa".
Publicado em 09/06/2009 às 16:16
Phelipe Caldas
O deputado estadual Gervásio Filho (PMDB) criticou nesta terça-feira (9) o "boicote" que segundo ele está sendo realizado por parte da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, que tentaria impedir que o Governo da Paraíba contraísse empréstimo de R$ 191 milhões do BNDES. Citando nominalmente o colega deputado Zenóbio Toscano (PSDB), ele disse que a oposição tentava procrastinar a discussão, fazendo seguidas solicitações apenas para adiar ao máximo a necessária "autorização legislativa".
Gervásio explica que todos os estados vizinhos (Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará) já receberam a autorização do empréstimo e já receberam o dinheiro do Governo Federal, como forma de amenizar as perdas orçamenarias provocadas pela queda de receita. Enquanto isto, o peemedebista diz que a Praíba se prejudica e fica para trás.
"Isto é um absurdo, porque quem sai prejudicada é a população paraibana. Está nas hora dos parlamentares aprenderem que em certos momentos a gente deve deixar de lado as questões partidárias. Porque temos que ter responsabilidade com a vontade popular", frisou. "As verbas não chegaram antes porque o antigo governo foi incompetente para produzir projetos. Não podemos agora ser prejudicados por causa disto", completou.
A reação do deputado estadual Zenóbio Toscano foi imediata. Na condição de presidente da Comissão de Constituição e Justiça da AL, o tucano disse que Gervásio era injusto e deselegante com a CCJ, porque em nenhum momento ele teria partidarizado o trabalho.
Segundo Zenóbio, ele apenas questionou o Governo da Paraíba sobre "a capacidade de endividamento do Estado", já que o próprio governador José Maranhão (PMDB) teria dito que a administração pública passava por dificuldades financeiras. "Não vou aprovar um projeto oralmente sem ter mecanismos para analisá-lo", concluiu.
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