POLÍTICA
Gestores públicos e técnicos debatem crise hídrica em seminário do PDT
Obras complementares da Transposição e adutoras são debatidas durante evento.
Publicado em 20/02/2017 às 18:27
O PDT realizou nesta segunda-feira (20), no auditório da Associação Comercial de Campina Grande, o Seminário “Recursos Hídricos – Água e Preservação”, com a participação da vice-governadora Lígia Feliciano, deputado federal Damião Feliciano, prefeitos, vices, vereadores, secretários municipais e diretorianos de várias municípios da Paraíba. O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) e Virgiane de Melo, da Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente também participaram do seminário..
O evento foi aberto pelo deputado Damião Feliciano, que destacou a iniciativa do PDT em realizar o seminário para discutir a questão hídrica da Paraíba com a participação de técnicos do Governo do Estado, a fim de mostrar as obras e debater as carências com os gestores públicos do partido de cada região.
Por sua vez, a vice-governadora Lígia Feliciano ressaltou que a Paraíba enfrenta dificuldades em relação à questão hídrica, após cinco anos de seca, deixando mais de 170 municípios em estado de emergência e a maioria dos reservatórios está com menos de 20% de sua capacidade com água.
Além disso, Lígia enfatizou que Campina Grande e mais 18 cidades do Compartimento da Borborema estão à beira de um colapso, em virtude da queda do volume do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão. Todavia, a solução se aproxima com a chegada das águas do Rio São Francisco, por meio do projeto de integração de bacias.
“A esperança é justamente a chegada das águas do Rio São Francisco na Paraíba, por meio do Eixo Leste, no dia seis de março. É a solução no momento para resolver o problema da falta de água em várias cidades. Depois, chegarão as águas pelo Eixo Norte para abastecer o Sertão da Paraíba”, assinalou.
Obras complementares
Lígia Feliciano ainda frisou que o Governo do Estado realiza obras complementares da transposição que incluem a construção de canais, adutoras e sistemas de esgotamento sanitário, com destaque para o Canal Acauã-Araçagi, realizada em parceria com o Governo federal, cuja primeira etapa está praticamente pronta.
Além disso, já foi concluída a limpeza do leito do Rio Paraíba, no trecho entre a Barragem de São José e Poções, e até a chegada das águas no estado, o trecho entre Poções e o açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande, deverá estar pronto.
Aesa
O presidente da Aesa, João Fernandes, apresentou o cronograma das águas da transposição do Rio São Francisco que chegarão em março na Paraíba pelo Eixo Leste. Após a chegada à cidade de Monteiro, as águas vão ser despejadas pela Aesa no leito do rio Paraíba.
Acrescentou Fernandes que, na sequência, elas vão abastecer os açudes São José, Poções e Camalaú, antes de chegar ao Epitácio Pessoa. Popularmente conhecido como Boqueirão, o açude Epitácio Pessoa abastece Campina Grande e outras 18 cidades. Ele tem capacidade para 411 milhões de metros cúbicos, mas atualmente possui menos de 4% deste volume.
Representante da Secretaria de Recursos Hídricos, Virgiane de Melo destacou os investimentos do Governo do Estado em mais de mil quilômetros de adutoras, recuperação de Camará, no Brejo, esgotamento sanitários e outras ações.
Prefeitos
O prefeito de Serra Branca, Vicente Fialho de Sousa (PDT), disse que o seminário foi importante para debater a questão hídrica e atualizar os gestores sobre as obras complementares em relação à Transposição.
“O nosso município enfrenta um colapso de água. Com a transposição, será feita uma adutora de engate rápido até o açude do Congo, que abastece Serra Branca. Vai ser a redenção da região do Cariri”, assinalou Sousinha, como é mais conhecido o prefeito.
Em Boa Vista, o prefeito André Gomes (PDT) também aguarda pelas águas da transposição que vão para o açude de Boqueirão. “Com o reservatório cheio, Boa Vista sairá do racionamento pela adutora do Cariri”, afirmou André.
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