POLÍTICA
Governador solicita ao Judiciário, MP e TCE que adie reajustes
Ricardo afirma que Paraíba não tem condições de pagar aumento para juízes e promotores nos percentuais aprovados pela Câmara.
Publicado em 02/06/2016 às 16:24
O governador Ricardo Coutinho pediu ao Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas da Paraíba que não repassem para os desembargadores e juízes, procuradores e promotores e conselheiros, respectivamente, os reajustes salariais aprovados pela Câmara dos Deputados na madrugada de desta quinta-feira (2). O apelo foi feito durante entrevista coletiva, em Campina Grande, onde participou nesta quinta de reunião com a cúpula da Segurança e inaugurou o primeiro Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp) de Campina Grande, que vai reunir em um mesmo prédio as Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, no Parque do Povo.
“Juízes, conselheiros, promotores fazem um trabalho especializado e devem ser bem remunerados, mas eu acho que não pode fazer parte da pauta nesse momento. Eu peço um gesto de solidariedade ao povo paraibano para que a gente possa adiar esse reajuste porque a Paraíba não aguenta. Estão legislando lá em cima, criando despesas para os estados sem que a contrapartida financeira possa aportar aqui”, justificou Ricardo, alegando que há dois anos cortou o próprio salário, bem como da vice-governadora Lígia Feliciano e dos secretários de Estado.
A Câmara aprovou 14 projetos de reajustes salariais para servidores dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e para a Procuradoria-Geral da República, além de militares. As propostas seguem para análise do Senado.
Só para servidores do Judiciário, o reajuste vai variar entre 16,5% e 41,47%. Ministros do Supremo Tribunal Federal terão aumento de 16,38%, com o salário passando dos atuais R$ 33.763 para R$ 39.293,38. Os reajustes podem ser estendidos aos estados.
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