POLÍTICA
Governo do Estado pede que bancada federal pressione Planalto
Entre os objetivos do apelo, está a preocupação com comprometimento do ritmo de obras importantes para a Paraíba por causa do atraso no repasse de recursos.
Publicado em 28/04/2015 às 7:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 12:30
O atraso no repasse de recursos federais à Paraíba já comprometeu o ritmo de obras importantes em andamento no Estado. Este foi o tema central da reunião puxada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) com a bancada federal paraibana. O evento, ocorrido na Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), contou com a participação de apenas cinco dos 15 parlamentares paraibanos. O impacto do contingenciamento federal revelado pelo Estado foi de R$ 1,069 bilhão.
A busca pela garantia de recursos direcionados às obras foi um dos três itens de pauta da reunião. O evento também discutiu a morosidade do governo federal na liberação de recursos na ordem de R$ 75 milhões que serão empregados em ações emergenciais que possam amenizar os efeitos da seca nas 170 cidades com situação de emergência decretada, bem como a apresentação de 122 sugestões de áreas para a apresentação de emendas no Orçamento Geral da União (OGU) de 2016.
O secretário de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, afirmou que não houve paralisação de obras, no entanto, houve redução no ritmo. Nas obras financiadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo do Estado tem empregado recursos próprios para não comprometer o andamento.
“O Estado pode bancar as obras com fontes próprias e depois ser ressarcido. Então o governo vem fazendo isso para manter as obras, estradas sendo executadas, para manter as adutoras no ritmo que nós precisamos”, explicou João Azevedo. A grande preocupação do governo é com as obras que tem previsão de entrega para este ano, entre elas, a primeira etapa do sistema Acauã-Araçagi. A obra total está orçada em R$ 700 milhões.
Durante a reunião, o governador pediu apoio dos parlamentares para que cobrem do governo federal a liberação de recursos emergenciais para enfrentar a estiagem. Apesar de aliado, o gestor criticou a inércia diante da situação. “Eu quero a oportunidade de ter uma resposta concreta, direta e objetiva por parte do governo federal. A bancada pode cumprir o seu papel como já vem fazendo", disse.
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