Guilherme alega perseguição pessoal para se desfiliar do PSB

Phelipe Caldas

O deputado estadual Guilherme Almeida (PSB) declarou na tarde desta quarta-feira (25) que já nesta quinta (26) vai entrar com requerimento no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba pedindo sua desfiliação do PSB. Ele justifica sua decisão dizendo que vem sofrendo grave perseguição pessoal e que por isso sua permanência na legenda é insustentável.

Almeida diz também que na resolução que proíbe a infidelidade partidária, a perseguição individual é uma das exceções previstas que permite o político deixar a legenda sem que para isto sofra as sanções de perda de mandato eletivo.

O acirramento dos ânimos do parlamentar com a sigla socialista aconteceu logo após a posse do novo governador José Maranhão (PMDB), que o convidou para integrar seu governo como secretário de Interiorização do Estado da Paraíba.

O PSB tentou vetar a ida de Guilherme Almeida para o Governo porque sua licença da AL abriria espaço para a suplente Nadja Palitot (PSB), arqui-inimiga do prefeito Ricardo Coutinho (PSB), assumir a titularidade do mandato. Crítica ferrenha do prefeito pessoense, a presença dela na AL não era bem vista pelos dirigentes peessebistas.

A possível saída de Almeida do PSB, contudo, não define automaticamente sua ida ao Governo. Isto porque o governador José Maranhão (PMDB) deu mostras de que teria recuado de sua intenção em chamar o deputado para ser seu auxiliar.

Mesmo após o convite e a pronta aceitação do deputado estadual para a ocupação do cargo, Maranhão não disse ainda quando a nomeação oficial poderia acontecer.

Sobre esta pendenga, Guilherme Almeida diz apenas que mantem sua postura de querer assumir a secretaria, mas que esta é uma decisão que só o governador pode ter.

Em entrevista concedida nesta terça (24), ele já tinha dito que tem “ profundas mágoas e decepções” com os dirigentes do PSB, e admite que mesmo Ricardo Coutinho merecendo todos os seus elogios, tais discordâncias desta vez são também extensivas ao prefeito.