POLÍTICA
Guilherme assume secretaria para não ser taxado de covarde
Deputado diz que não se submete a grupo que tenta comandar o PSB e reafirma vontade de assumir cargo no Estado. Ele discursou na AL após entrevista coletiva.
Publicado em 03/03/2009 às 16:47
Phelipe Caldas
O deputado estadual Guilherme Almeida (PSB) deu uma entrevista coletiva por volta das 16h desta terça-feira (3), antes de subir à tribuna, no comitê de imprensa da Assembleia Legislativa da Paraíba, para confirmar que vai, sim, aceitar o convite do governador José Maranhão (PMDB) e espera apenas a publicação do ato no Diário Oficial do Estado para poder assumir a titularidade da secretaria de Interiorização.
Ele disse que não vai se submeter a um “grupo sem expressão” que tenta comandar o PSB e que jamais daria as costas a um convite como estes, sob pena de ser taxado de “covarde” pelo povo da Paraíba.
Almeida explicou que é uma honra aceitar convite de Maranhão para “levar as ações do Governo ao interior do Estado” e garantiu que não cometeu nenhum tipo de infidelidade partidária ao aceitar o convite. “Não existia nenhuma determinação do PSB que impedisse minha posse”, explicou. “Edvaldo Rosas (vice-presidente da legenda) não pode apresentar uma ata de reunião com um conteúdo que simplesmente não foi discutido”, rebateu.
Classificando a ata de reunião apresentada por Rosas como sendo uma “fraude”, ele disse que tem consciência tranquila de que não infringiu nenhuma regra partidária. “Que dogma eu quebrei? Que infidelidade eu cometi? Para que toda esta celeuma fosse criada?”, questionou.
O parlamentar pessebista destacou também que nenhum deputado estadual ou federal pode ser discriminado. “Porque os parlamentares do PSB estão proibidos de participar de um governo que apoiaram e que lutaram juntos para chegar ao poder? Não iremos nos submeter”, frisou, garantindo que tem o apoio dos “homens de expressão” da legenda, como os deputados estaduais Carlos Batinga e Expedito Pereira, e o deputado federal Marcondes Gadelha.
Estas declarações de Almeida seria uma referência a Edvaldo Rosas, primeiro a confrontá-lo, apesar de não possuir nenhum cargo eletivo na estrutura política paraibana.
Sobre a suplente de deputada Nadja Palitot (PSB), inimiga política de Ricardo Coutinho (PSB) que deve assumir vaga na AL com sua saída, Guilherme Almeida disse que ela é uma “companheira que muito tem a contribuir para o partido”.
Para ele, as pessoas têm que entender que Nadja ainda é do PSB e por isto não pode sofrer nenhum tipo de sanção ou discriminação por parte de seus colegas de sigla. “As querelas pessoais entre Nadja e Ricardo não podem ser empecilhos para as questões partidárias”, destacou.
Sobre sua relação com o prefeito Veneziano Vital do Rego, ele descartou que isto seja um problema para sua permanência no PSB. “Qual o meu crime em ser amigo e leal a Veneziano?”, questionou, defendendo a união em 2006 dos partidos que já estiveram juntos em 2010: PT, PMDB e PSB.
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