Hugo cobra responsabilidade fiscal do governo em meio à maior inflação para fevereiro em 22 anos

O presidente da Câmara dos Deputados, o paraibano Hugo Motta (Republicanos), cobrou nesta quarta-feira (12), que o Governo Federal adote uma linha de responsabilidade fiscal na economia. A declaração foi dada em meio à informação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de que os preços subiram 1,31% em fevereiro, a maior inflação para o mês em 22 anos.

De acordo com o deputado, em meio a esse cenário, o diálogo com o governo deve ser baseado na responsabilidade com os gastos públicos. "Não será possível promover uma política de evolução social com a inflação descontrolada, com a taxa de juros subindo a cada reunião do Copom, com o dólar batendo os níveis que infelizmente vêm batendo e um cenário internacional desafiador", disse.

O deputado disse que o Congresso Nacional deu total apoio às medidas econômicas enviadas pelo governo, e que agora o Poder Executivo precisa controlar os gastos públicos. Na avaliação de Hugo, o cenário atual "obriga" o país a percorrer o caminho da eficiência, casso contrário, "passará por um momento de muita dificuldade, com taxas descontroladas" e com a população sendo penalizada.

A declaração foi dada em um evento do Lide, uma organização privada que reúne empresários e que, nesta quarta, discutiu a economia brasileira.

Inflação de fevereiro

Divulgado nesta quarta-feira (12), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 1,31% em fevereiro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do maior patamar do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos. É também o maior patamar do IPCA desde março de 2022, quando os preços subiram 1,62%.

O resultado representa uma forte aceleração da inflação em relação a janeiro, quando a alta da foi de 0,16%. Com isso, no acumulado do ano no primeiro bimestre, o IPCA acumula alta de 1,47%. De acordo com o IBGE, todos os grupos tiveram alta, mas os destaques foram os grupos de habitação, educação, alimentação e bebidas.

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