POLÍTICA
Impeachment provoca discussão no Senado
Líder do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima afirmou ser legítima a discussão sobre o impeachment de Dilma Rousseff.
Publicado em 10/02/2015 às 7:18 | Atualizado em 22/02/2024 às 17:55
Líder do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima afirmou ontem ser legítima a discussão sobre o impeachment de Dilma Rousseff.
A fala irritou o petista Lindbergh Farias (RJ). Lindbergh disse que os tucanos estimulam os movimentos pró-impeachment: "Tem uma minoria golpista se organizando neste país, como fizeram com Getúlio, João Goulart. Estimuladas pelo PSDB, que questionou o processo eleitoral ao seu final".
Na tribuna, Cássio Cunha Lima disse que a oposição não apoia os movimentos que pregam a saída de Dilma, mas que o PSDB considera legítimas as manifestações em defesa do impeachment.
"Queda de popularidade não está prevista na Constituição como motivo para impeachment. A questão é muito mais grave. Estamos diante de um conjunto de fatos que levam, aí sim, a população a mencionar cada vez mais aquilo que é o impedimento da presidente".
Em defesa de Cunha Lima, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) disse que Lindbergh liderou o movimento pelo impeachment de Fernando Collor, mas condena os que pregam a saída de Dilma.
O petista disse que existiam denúncias que justificavam o afastamento de Collor: "Agora não há nada. Vocês estão sendo maus perdedores. Isso é golpismo. É grito de quem perdeu a eleição e está querendo mudar o resultado."
Na Câmara dos Deputados, a área técnica sugere o arquivamento do pedido da oposição para criar uma CPI sobre o setor elétrico por falta de fato determinado. Mas a decisão será de Eduardo Cunha.
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