Inteligência Artificial nas Eleições: evolução, deepfakes, crimes e fiscalização

O Jornal da Paraíba lançou nesta terça-feira (4) a série especial ‘Inteligência Artificial nas Eleições’. Dividida em quatro episódios, com uma linguagem dinâmica, a produção vai abordar todos os aspectos do uso de ferramentas tecnológicas e também as implicações jurídicas sobre o assunto.

A websérie é apresentada pelos jornalistas Diogo Almeida e Vinnie de Oliveira, sob edição de Joalisson Douglas e coordenação de Taiguara Rangel.

A inteligência artificial é uma das preocupações para as eleições deste ano, pelo potencial risco de influência no processo de diferentes maneiras .Tanto que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) baixou uma resolução para regulamentar o uso dos recursos pelas campanhas durante o pleito. Entre outros pontos, a norma proíbe o uso de deepfakes, vídeos manipulados, para beneficiar ou prejudicar candidatos.

A série entra nas normas da Justiça Eleitoral, mas também abre o debate com especialistas em inteligência artificial e também com a sociedade, para entender como a população tem feito uso dessas tecnologias.

“A ideia é problematizar, mas não tratar a inteligência artificial unicamente como uma vilã. A série vai mostrar que o mau uso é sim um risco para o processo eleitoral, e que a fiscalização e o controle são extremamente necessários. Por outro lado, vamos apontar também os aspectos positivos da IA”, explica Jhonathan Oliveira, editor web da Rede Paraíba.

Os episódios da série estão disponíveis no Jornal da Paraíba e no canal do Youtube do portal. Eles também foram veiculados no Bom Dia Paraíba, nas TVs Cabo Branco e Paraíba, sendo disponibilizados no Globoplay.

Episódio #1 - A evolução da IA e o uso no cotidiano

Diogo Almeida e Vinnie de Oliveira introduzem a evolução tecnológica da IA e seu uso generalizado antes de focar especificamente em eleições. O primeiro episódio da websérie explora a evolução e o impacto da inteligência artificial na sociedade contemporânea, destacando seu uso em diversas áreas, incluindo processos eleitorais.

A inteligência artificial já está presente em várias áreas da vida moderna, como educação musical, produção de conteúdo e otimização de trabalho. Especialistas preveem que até 2045, a IA poderá superar a capacidade cerebral humana.

A tecnologia de IA permite a criação de textos, imagens, vídeos e áudios com alta qualidade de forma artificial. Benefícios incluem maior eficiência no trabalho e personalização de serviços, mas também há preocupações éticas sobre seu uso excessivo, já que a IA pode ser utilizada para manipulação política, como visto em conteúdos deep fakes, levantando questões sobre segurança e democracia.

Episódio #2 - Deepfake e o risco ao processo eleitoral

Neste episódio da websérie discute-se o uso preocupante da tecnologia para criar deep fakes, manipulando imagens e áudios para enganar o público. Isso tem sérias implicações sociais e políticas, incluindo casos recentes de manipulação de figuras públicas e até mesmo em campanhas eleitorais.

A tecnologia de deep fake manipula imagens e áudios para criar conteúdos falsos que podem enganar o público. Essa manipulação afeta a percepção pública e pode distorcer informações importantes, contribuindo para a disseminação de desinformação.

O uso de Deep fakes já foi visto em campanhas eleitorais, afetando diretamente a confiança pública. Medidas legais têm sido implementadas para proibir o uso de Deep fakes em propagandas eleitorais, visando evitar manipulações e preservar a integridade do processo democrático.

Episódio #3 - Legislação e combate ao uso da IA em crimes eleitorais

Este episódio discute a regulamentação e preocupações em torno do uso da Inteligência Artificial (IA) nas eleições, focando em como diferentes países estão abordando o problema e as medidas tomadas para mitigar o uso malicioso de IA.

No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu novas normas para as eleições de 2024, criminalizando o uso de IA para manipulação eleitoral.

A União Europeia aprovou normas que exigem supervisão humana de sistemas de IA e regras rigorosas para setores como saúde e educação.

Nos Estados Unidos, legislações estaduais visam proteger artistas do uso não autorizado de obras por IA.

Na China, há normas que regulam o treinamento de IA para respeitar propriedade intelectual e evitar o uso em atividades terroristas.

O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil está implementando estratégias para combater o uso criminoso de IA nas eleições, incluindo a criação de um Centro Integrado de Combate à Desinformação.

Episódio #4 - O papel da sociedade na fiscalização do mau uso da IA

O último episódio da websérie abordou a responsabilidade da sociedade na fiscalização do uso da inteligência artificial, destacando estratégias para combater a desinformação.

Algumas das principais dicas para evitar propagar informações falsas incluem checar outras fontes confiáveis além do que você recebe via redes sociais ou aplicativos de mensagens como o WhatsApp, além de identificar sinais de manipulação em vídeos e imagens.

A educação digital é fundamental para ensinar novas gerações a questionar informações antes de aceitá-las como verdadeiras e a mídia desempenha um papel importante na checagem de fatos e na educação da população sobre uso responsável da inteligência artificial.