POLÍTICA
José Luiz se diz surpreso por não ser consultado por Veneziano
Vice-prefeito nega mágoa de Veneziano, mas se diz surpreso por não ter sido consultado na escolha de secretariado e por ter deixado Coordenação do Fome Zero.
Publicado em 06/03/2009 às 16:38
Phelipe Caldas
O vice-prefeito de Campina Grande, José Luiz Júnior (PSC), declarou na tarde desta sexta-feira (6) que, apesar de não ter mágoas ou intenção de romper com o prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB), ficou extremamente surpreso com o fato de não ter sido consultado em nada durante a escolha do novo secretariado municipal. Sobre o fato de ter sido preterido para a Coordenação do Fome Zero em Campina Grande (cargo que ocupou durante o primeiro mandato), ele disse apenas que Veneziano é o prefeito e diante desta condição é ele quem manda.
“Quem manda na estrutura municipal é o prefeito, e o prefeito é Veneziano. É seu direito portanto nomear quem ele quiser. No dia que eu for prefeito eu mando, mas este não é o caso”, declarou. “Esperava ser consultado. Mesmo que ele não seja obrigado a isto, não custava nada manter conversas com seu vice-prefeito”, completou.
José Luiz Júnior explica ainda que Veneziano cedeu à solicitação do Partido dos Trabalhadores ao substituí-lo da Coordenação do Fome Zero e que em troca lhe foi oferecido a Secretaria de Articulação Política, o que não foi aceito por ele.
“Não aceitei porque na minha opinião esta secretaria não serve para nada. Como não vejo o que poderia fazer nesta pasta, eu simplesmente não aceitei o cargo”, destacou o vice-prefeito, negando que tenha feito alguma contraproposta. “Permanecerei no meu lugar de vice-prefeito escolhido pelo povo”, prosseguiu.
O vice-prefeito falou ainda sobre seus “42 anos de vida pública” e disse que sempre gostou muito de trabalhar, mas que não forçará a barra para fazer isto em qualquer que seja o cargo público municipal.
“Historicamente, eu sempre sou reconduzido aos cargos eletivos que ocupei. Foi assim como vereador, deputado estadual e agora vice-prefeito. Mas nunca fui reconduzido aos cargos administrativos. Portanto isto não chega a ser uma novidade para mim”, destacou.
E mesmo negando qualquer mágoa, no final da entrevista ele deixou uma ponta de desagrado com a situação. “Terei agora muito mais tempo para ser jornalista, que é o que gosto e sou formado para fazer. E esta nossa condição de jornalista é algo que ninguém pode nos tirar”, concluiu.
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