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POLÍTICA

JP faz um passeio pelo Memorial das Ligas

Tesoureiro guiou a equipe de reportagem em Sapé, explicando as peças do acervo, que estão no pequeno imóvel de apenas um cômodo e um terraço

Publicado em 01/04/2012 às 16:00

O Memorial João Pedro Teixeira funciona, temporariamente, na sede da ONG Memorial das Ligas Camponesas e foi fundado em 2004 e legalizado dois anos depois. O prédio foi cedido pela Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica local.

No dia 2 de abril está programado para o memorial ser transferido para a sede definitiva, que fica no sítio Barra de Anta. O local foi desapropriado pelo governo do Estado.

Quem guiou a equipe de reportagem em Sapé, explicando as peças do acervo, que estão no pequeno imóvel de apenas um cômodo e um terraço, foi Alan Florêncio do Nascimento. Ele é o tesoureiro da ONG Memorial das Ligas Camponesas. Na sala, apesar do pouco espaço, estão impecavelmente organizadas cadeiras dispostas em forma de auditório, quadros nas paredes e um pequeno armário de madeira e uma estante de vidro, na qual estão expostos objetos e documentos referentes ao líder camponês.

Alan garantiu que o local sempre recebe visitas de pesquisadores e turistas. “Ontem [há duas semanas] mesmo tivemos a visita de professores e universitários de Malta, no Sertão. Recebemos turistas nacionais e até internacionais, como o da visita da viúva do senador Robert Kennedy (americano, assassinado em 1968).

Recentemente, também veio um bispo da Itália, além de pessoas oriundas da Áustria, Alemanha e Estados Unidos”, citou.

Entre os objetos dispostos na estante de vidro do memorial está um microfone, usado nas reuniões realizadas por João Pedro Teixeira no Colégio Gentil Lins, em Sapé, localizado em frente à Praça João Pessoa. “Lá, eram reunidos mais de dez mil trabalhadores rurais”, relatou Alan Florêncio.

Outro objeto que merece destaque é a carteira de um sócio das Ligas Camponesas. “Não temos a de João Pedro, porque a dele destruíram quando o mataram, assim como fizeram com todos os seus documentos.

O único documento dele que conseguimos preservar foi a certidão de óbito”, lamentou.

Assim como os documentos, as fotos do líder camponês também são raras, porque foram quase todas destruídas. “Essa única que restou foi dele morto, na pedra [do necrotério] do hospital.

Destruíram tudo porque, depois do assassinato, a viúva Elizabeth teve que fugir”, explicou o tesoureiro da ONG.

A tentativa de sepultar as lembranças de João Pedro, e não apenas o seu corpo, pode ser percebida na informação discreta sobre a causa da morte relatada no atestado de óbito.

“Ferimentos penetrantes de abdômen e tórax e anemia aguda”, diz o texto simplificado.

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Jornal da Paraíba

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