Juiz da Xeque-mate decide em cinco dias se mantém Leto Viana preso

O juiz auxiliar da 1ª Vara da Comarca de Cabedelo, Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, deve apreciar o pedido de revogação ou substituição da prisão por medidas cautelares do ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, apenas quando os autos do processo forem devolvidos pelo Ministério Público da Paraíba para que ele decida. O pedido foi apresentado nesta terça-feira (9), último dia de interrogatórios dos sete réus no processo principal da Operação Xeque-Mate.

A audiência só foi encerrada na madrugada desta quarta-feira (10) e aconteceu no Fórum de Cabedelo. O juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, informou que todos os réus foram interrogados, sendo que dois exerceram o direito de permanecer em silêncio.Não quiseram falar, apenas, os réus Jaqueline Viana e Adeildo Bezerra Duarte.

Além de Leto Viana, a sua esposa e Adeildo Bezerra, também foram interrogados na audiência Tércio Dornelas, Leila Maria Viana do Amaral, Antônio Bezerra do Vale Filho e Lúcio José do Nascimento Araújo.

O primeiro a ser ouvido pelo juiz foi o ex-prefeito Leto Viana. O depoimento dele começou por volta das 9h30 da manhã. Leto disse que ‘se afastou de Deus’ e cegou ao seguir esquema criminoso por amizade ao empresário Roberto Santiago.

Leto Viana está preso desde o dia 3 de abril do ano passado, data na qual foi desencadeada a operação pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Em depoimento ao juiz Henrique Jorge Jácome, o ex-vereador Lucas Santino apontou o ex-prefeito como líder da organização criminosa.

A audiência de instrução e julgamento da Xeque-Mate teve início no dia 27 de junho. Agora, com os depoimentos prestados, o processo caminha para a fase das alegações finais para, em seguida, ser prolatada a sentença pelo juiz Henrique Jácome.