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POLÍTICA

Juíza cassa mandato de Marcus Odilon por irregularidades em 2004

Prefeito de Santa Rita é cassado, mas Odilon volta ao cargo já em janeiro, quando começa novo mandato. Veja o vídeo que comprova a tentativa de compra de voto.

Publicado em 02/12/2008 às 17:20

Phelipe Caldas

A juíza eleitoral da 2ª zona de Santa Rita, Ângela Colho de Salles, decidiu cassar mandato do prefeito e do vice-prefeito de Santa Rita eleitos em 2004, Marcus Odilon e Péricles Vilhena respectivamente, por captação ilícita de voto. Em um vídeo que serviu como prova, Odilon aparece prometendo doar terrenos de sua propriedade em troca de votos (clique aqui e veja o vídeo ou veja no fim da matéria). O prefeito foi condenado também a pagar multa correspondente a 10 mil Ufir.

Com a decisão, existe a possibilidade de que Marcus Odilon deixe o cargo de prefeito de Santa Rita, mas mesmo que isto ocorra ele volta ao cargo em janeiro de 2009. O rito processual foi tão demorado que a decisão final só saiu faltando um mês para o fim do mandato.

Como a juíza não decretou sua inelegibilidade, e como o prefeito cassado conseguiu se reeleger nas eleições municipais deste ano, Odilon volta ao cargo em 1º de janeiro mesmo que tenha que deixar o cargo agora em dezembro.

Em seu voto, a juíza disse que ficou evidenciado a “conduta vedada” do então candidato a prefeito e por isto ele deveria deixar o cargo. Segundo ela, Odilon fez a “negociação do voto do eleitor, mediante promessa de vantagem concreta e específica, de forma a corromper a consciência do eleitor”.

Marcos Odilon ainda poderia recorrer em várias instâncias, o que certamente impossibilitaria que a ação fosse finalizada antes do término do mandato. Mas na prática, o recurso só visaria o não pagamento da multa, já que o prefeito volta ao cargo no próximo mês para mais quatro anos no cargo.

A juíza não deixou claro em sua decisão quem na sua opinião assumiria caso Odilon deixasse mesmo o cargo, e em contato telefônico com a reportagem ela se negou a falar sobre o caso.

Veja abaixo um dos vídeos que foram usados como prova no processo:

Imagem

Jornal da Paraíba

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