POLÍTICA
Justiça manda Wallber apagar postagem em que chamava Ricardo de 'bandido'
Na decisão, juíza afirma que é imprescindível que o debate democrático seja pautado no respeito.
Publicado em 05/10/2020 às 9:54 | Atualizado em 06/07/2023 às 13:27
A Juíza da 1ª Zona Eleitoral, Cláudia Evangelina Chianca Ferreira de França, concedeu tutela de urgência a Ricardo Coutinho (PSB) para que Wallber Virgolino (Patriota) retire do ar as postagens feitas por ele contra o candidato socialista, acusando-o de 'chefiar quadrilha de tráfico de drogas'.
Segundo a defesa de Ricardo Coutinho, no último dia 21 de setembro, ou seja, antes mesmo início do período autorizado para a divulgação de propagandas eleitorais, que começou somente no último dia 27 de setembro, o candidato do PSB tomou conhecimento de um vídeo de caráter eleitoreiro, veiculado em aplicativos de mensagens, plataformas virtuais, blogs e portais de imprensa, no qual Wallber Virgolino, proferiu diversas ofensas e acusações caluniosas, difamatórias e injuriosas com o ex-governador.
Dentre as acusações, o representado atribuiu ao representante a pecha de “bandido”, afirmando textualmente: “Não tenho condições de roubar dinheiro da saúde, da educação, de roubar a dignidade e a esperança do povo paraibano. Não tenho coragem de chefiar quadrilha de tráfico de drogas, de estourar banco, de carro forte. Não tenho coragem de matar pessoas inocentes para encobrir safadezas minhas, como queima de arquivo. Não tenho coragem de agredir a minha esposa".
Na decisão, a juíza eleitoral ressalta que "poderia não ter restado caracterizada a propaganda antecipada irregular, desde que o representado não tivesse extrapolado o teor da sua fala, ofendendo, em tese, a honra do representante. É imprescindível que o debate democrático seja pautado no respeito e na efetiva apresentação de propostas e ideias, sem que ocorram ataques pessoais ou ofensas de quaisquer das partes".
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (5), dando prazo de dois dias para defesa do Patriota. A defesa de Wallber Virgolino informou que não foi intimada da decisão e, por esse motivo, não pode se posicionar sobre o caso.
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