POLÍTICA
Justiça proíbe que vereador eleito preso tome posse em 1º de janeiro
Ubiraci Rocha é acusado de integrar grupo de extermínio na Paraíba.
Publicado em 20/12/2016 às 20:02
Eleito vereador de Catolé do Rocha, no Sertão, mesmo estando atrás das grandes, ele foi diplomado por procuração. Ubiraci Rocha (PPS) também não tomará posse em 1º de janeiro de 2017. A decisão é da juíza Lílian Franssinetti Cananea.
A magistrada, no entanto, ressaltou que Bira Rocha ainda pode solicitar aos advogados de defesa um requerimento na Justiça Eleitoral para tomar posse em um momento posterior. Ele está preso provisoriamente desde maio deste ano, e precisou de autorização judicial e escolta para ir votar. O vereador eleito recebeu 948 dos 17.478 votos válidos no município.
Bira Rocha foi preso no dia 9 de maio, em uma operação do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar da Paraíba, realizando transações bancárias em uma agência de João Pessoa, Bira segue no Presídio Padrão Manoel Gomes, em Catolé do Rocha.
Segundo o delegado Allan Murilo Terruel, Bira era cidadão que assustava e causava pânico nas pessoas, seu nome está ligado a casos de assassinato, como um mandante de crimes e executor.
Mendes vê absurdo
A eleição de Bira Rocha gerou críticas, na ocasião, do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes para quem o resultado envergonhava os brasileiros e constrangia a Justiça Eleitoral já que se tratava de um "traficante, que integra um grupo de extermínio".
A prisão preventiva de Bira, segundo Mendes, seria uma forma de colocar em ação a "Lei Ficha Limpa", assim ele não poderia exercer nenhum cargo público, já que responde por crimes de tráfico e homicídio. .
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