POLÍTICA
Kátia Abreu: impeachment nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha
Senadora usou os cinco minutos para reiterar o apoio a Dilma.
Publicado em 29/08/2016 às 16:37
Primeira a usar o tempo reservado a senadores inscritos no quarto dia de julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), não fez perguntas. Embora do mesmo partido do presidente interino, Michel Temer, a senadora é uma das maiores defensoras de Dilma no Senado e usou os cinco minutos para reiterar o apoio à petista e listar melhorias na área agrícola durante o período em que foi ministra da Agricultura.
Segundo Kátia Abreu, Dilma foi a chefe do Executivo que mais deu atenção ao agronegócio nas últimas décadas. "Não tenho dúvida que esse impeachment é um processo que nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara dos Deputados] e da ganância de um pequeno grupo pelo poder", afirmou. Em tom inflamado, ela concluiu dizendo que "a história do Brasil vai contar aos brasileiros de hoje e do futuro o que estamos assistindo aqui”.
Em resposta ao pronunciamento da senadora, Dilma afirmou que o processo contra ela "coloca em causa o futuro do país”. "A partir de agora, sem base em questões juridicamente fundadas, será possível afastar governantes de suas funções. Se isso não é instabilidade política, eu acredito que poucas coisas são", disse. Segundo ela, com o impeachment, a instabilidade jurídica estará instalada.
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