Leonardo fala sobre convite de Maranhão e admite saída do PSB

Phelipe Caldas

O deputado estadual Leonardo Gadelha (PSB) falou na tarde desta quinta-feira (24) sobre sua decisão em aceitar o convite do governador José Maranhão (PMDB) para assumir a secretaria de Infraestrutura do Governo da Paraíba, desrespeitando resolução do PSB que proíbe os deputados estaduais da legenda a assumir cargos no Governo Maranhão. Ele julga ter sido leal ao partido durante todo o mandato e diz que ainda vai buscar um entendimento com a legenda, mas admite deixar o PSB caso seu diretório estadual permaneça irredutível.

Gadelha diz que respeita as resoluções partidárias e respeita muito o prefeito pessoense Ricardo Coutinho (presidente estadual do PSB), mas ao mesmo tempo ele diz que tem um compromisso com o governador José Maranhão e não poderia jamais negar um convite para assumir uma secretaria de Estado.

“Espero que o partido reveja sua postura e me permita assumir o honroso cargo de secretário de infraestrutura da Paraíba. Mas se eles não tiverem esta sensibilidade, minha única saída será a de deixar o partido”, revelou Leonardo.

Ele, no entanto, garantiu que não assume o cargo de secretário enquanto este impasse não for solucionado. “Não tomarei posse enquanto a resolução existir ou enquanto eu ainda estiver no partido”, explica, lembrando que o ato de nomeação só se confirma com a assinatura do termo de posse.

Nadja quebra o silêncio

Diretamente interessada na posse de Leonardo Gadelha na secretaria de infraestrutura, a suplente Nadja Palitot (PSB) também comentou o assunto.

Ela disse que há tempos não recebe nenhum tipo de convite do PSB para tratar de assuntos internos do partido e disse que já não existe mais nenhuma relação dela com quem administra a legenda socialista na Paraíba.

Pivô dos problemas, já que o PSB tenta evitar que ela assuma uma vaga na AL, Nadja diz que não vai usar a tribuna da Casa apenas para ser oposição ao prefeito Ricardo Coutinho, mas que também não se furtará em exercer sua massa crítica. “O mandato é muito maior do que apenas as questões políticas de João Pessoa, mas como parlamentar este será um dos assuntos a ser tratado por mim”, revela.

Por fim, ela classifica de forma dura o que o partido faz ao tentar impedir a posse de algum socialista no Governo Maranhão. “Trata-se de perseguição mesquinha proporcionada por que quem eu só fiz o bem”, destaca, lembrando que foi ela quem deu a legenda para que Ricardo fosse candidato a prefeito em 2004 pelo PSB.