POLÍTICA
Liminar, "corpo mole" e chuvas inviabilizam greve geral
Sindicalistas se dividem sobre resultado de protesto contra Temer e reformas.
Publicado em 30/06/2017 às 21:54
A decisão da Justiça do Trabalho de proibir o fechamento das lojas por parte de centrais e sindicatos, a falta de mobilização de algumas categorias e as chuvas inviabilizaram, nesta sexta-feira (30), a greve geral, em Campina Grande. O ato se limitou a um protesto na Praça da Bandeira, no centro da cidade, animado por um trio de forró. No final, alguns sindicalistas classificaram o movimento de positivo e outros de tímido.
Bancários, comerciários, metalúrgicos e maioria dos motoristas de ônibus não paralisaram as atividades. Sindicalistas que lideram essas categorias foram acusados de fazer “corpo mole” em relação à greve geral cujo objetivo era protestar contra as reformas da Previdência e Trabalhista, Foram Temer e pelas eleições Diretas Já.
Derrota
Diretor da Central Sindical Conlutas, Davi Lobão disse que o ato, em Campina Grande, foi para a classe trabalhadora uma derrota. “Nós gostaríamos de construir a greve geral. E reconhecer a derrota é fundamental para redimensionar as nossas forças. Eu queria neste momento parabenizar e agradecer a todos os trabalhadores de Campina Grande que receberam os panfletos, o chamamento para a greve e diziam que queriam parar. Isso foi assim nas fábricas, no call center, no comércio e nas escolas. Infelizmente, nós não paramos tudo porque muitos sindicatos, que eram para defender os trabalhadores, se acovardaram”, criticou Lobão.
A luta continua
Por sua vez, a comunicação do Sintab, Napoleão Maracajá, ressaltou que por força de uma articulação jurídica, a greve geral não repetiu a adesão da registrada no dia 28 de abril, mas ainda sim, a mobilização aconteceu e o espírito de luta continua entre os trabalhadores do país.
“Em nível nacional o movimento teve uma boa desenvoltura e nós compreendemos que é necessário manter esse espírito de luta, de povo na rua, pra tentarmos conter esta avalanche de desmontes de direitos brasileiros”, declarou.
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