Lucas diz ser alvo de patrulhamento

O vereador Lucas de Brito (DEM) afirmou ontem que está sendo alvo de um “patrulhamento ideológico” por parte do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) e de seus apoiadores.

Segundo o vereador, seu discurso, proferido no dia 30 de abril, sobre o investimento da prefeitura em grupos culturais, especialmente a Associação das Prostitutas da Paraíba (Apros), que está recebendo do Ministério da Cultura, via Funjope, R$ 180 mil por meio do Projeto Pontos de Cultura, foi distorcido para que parecesse que ele tem preconceitos em relação às profissionais do sexo.

Para ele, entre as estratégias usadas para distorcer seu discurso, estaria uma suposta manipulação sobre o nome do projeto conduzido pela Apros, o “Puta Cultura”.

Lucas esclareceu que "o prefeito não assumiu o nome do projeto. Quis passar uma confusão para a população com os Pontos de Cultura e o Puta Cultura, e aí iniciou todo um processo de rotulação da minha pessoa".

Ele acrescentou que "passaram para a opinião pública a ideia errônea de que eu teria inventado o nome Puta Cultura. Em razão disso, me chamaram de ignorante, preconceituoso. Despertaram o ódio de pessoas que estavam quietas, que não tinham se sentido ofendidas com meu pronunciamento, mas despertaram este ódio por meio de uma política degenerada, alimentada pelo ódio, pela deselegância e do desrespeito".

RAÍSSA CRITICA VEREADOR

Para a vereadora Raíssa Lacerda (PSD), Lucas foi preconceituoso em suas declarações sobre o projeto. “Ele deveria admitir seu erro. Todos nós erramos e não é vergonha nenhuma admitir isso. Às vezes se faz uma oposição raivosa e, com isso, se dá um tiro no pé. Acho que a partir do momento que é uma verba federal para prevenção, cidadania, promoção de cursos.Acho que ele agiu de forma preconceituosa. Ele queria atingir o prefeito e atingiu as mulheres”, reclamou a vereadora Raíssa.

Já o novo líder do governo na Câmara, Marco Antônio, lamentou muito. "Semana passada coloquei que lamentava este posicionamento do vereador Lucas, acho que ele foi altamente infeliz quando pinçou de um grupo de 30 projetos, exatamente este da Apros. Qual o objetivo? Será que é só porque foi criado e idealizado por prostitutas? Eu mesmo não tenho problema nenhum com prostitutas. Não tenho problema nenhum com nenhuma minoria”, declarou.