Lula é lançado pelo PT como pré-candidato à Presidência

A condenação do ex-presidente Lula (PT) em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24) não desmotivou a Executiva Nacional do PT. Em um ato público, transmitido em tempo real nas redes sociais do partido, nesta quinta-feira (25), o nome de Lula foi oficialmente lançado como pré-candidato do PT à presidência da República nas eleições deste ano. “Nós não temos plano b! E Lula é o nosso candidato em 2018”, anunciou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.

A pré-candidatura de Lula à Presidência da República,na Reunião ampliada da Comissão Executiva Nacional do PT, foi aprovada por unanimidade. A reunião ocorreu em São Paulo, um dia após a condenação do ex-presidente Lula, em segunda instância, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24). Ele foi condenado, por unanimidade, a pena de 12 anos e um mês de prisão, por crime de corrupção e lavagem de dinheiro.

Embora com resultado desfavorável, Lula disse estar preparado para a disputa e voltou a questionar a decisão da Justiça. "Esse ser humano simpático aqui (rs) não tem nenhuma razão pra respeitar a decisão de ontem. Quando as pessoas se portam como juízes eu sempre respeito, mas quando eles se comportam como partidos políticos", postou em seu perfil no Twitter.

https://twitter.com/LulapeloBrasil/status/956549380210872320

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi uma das que participou da reunião e fez extenso discurso em defesa do companheiro de partido. Ela questionou o processo judicial movido para excluir o petista da disputa. “O grande motivo do golpe foi tirar o partido dos trabalhadores da face da terra [...] mas sobrevivemos. Eles estão tentando derrubar a maior liderança popular desse país. Mas estamos sobrevivendo”, disse.

A reunião da executiva contou também com a participação de diversas lideranças petistas, como os governadores do Piauí, Wellington Dias; do Ceará, Camilo Santana; da Bahia, Rui Costa; e de Minas Gerais, Fernando Pimentel. “Esses 12 absurdos em uma sentença só, que é contra o Lula hoje, pode ser contra qualquer cidadão brasileiro. [...] nós precisamos retomar o diálogo com todos os setores da sociedade”, defendeu Pimentel.