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POLÍTICA

Luta do campinense pela água: do Riacho das Piabas à transposição

Ao longo dos tempos, cinco açudes foram construídos para abastecer Campina Grande.

Publicado em 11/10/2018 às 13:48 | Atualizado em 11/10/2018 às 14:51


                                        
                                            Luta do campinense pela água: do Riacho das Piabas à transposição

Com a cidade encravada na Serra da Borborema, região semiárida do Nordeste, e altitude média de quase 600 metros acima do mar, é marcante a luta do campinense pela água. Nas últimas décadas, a população enfrentou o racionamento no abastecimento. O açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, responsável pelo abastecimento de Campina Grande, ficou em abril de 2017 a ficar praticamente seco e com o pior volume da sua história - 2,9% da capacidade total.

Com as chuvas e as águas da transposição do rio São Francisco, por meio do Eixo Leste, o reservatório chega hoje a 112 milhões de metros cúbicos de água, o equivalente a 27% de sua capacidade total. O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João Fernandes, ressalta que a chegada das águas do São Francisco ao açude evitou um colapso no abastecimento de água para mais 1 milhão de pessoas, incluindo Campina Grande e mais 18 cidades do Compartimento da Borborema.

Iniciado em maio de 2017, o bombeamento para o rio Paraíba foi suspenso em maio deste ano, em função da retomada das obras de recuperação nos açudes de Poções e Camalaú, e retomado em outubro deste ano. “Campina Grande ao longo da história sempre buscou soluções para o abastecimento, mas posso garantir quer a agora a cidade terá segurança hídrica com as águas da transposição do rio São Francisco”, afirma João Fernandes, que já foi vereador de Campina Grande.

Construção de açudes

O Açude Velho nasceu de uma necessidade objetiva: água em tempo de estiagem. Em torno de 1820, o local se tornou o primeiro reservatório construído para abastecer a cidade, de acordo o historiador Cícero Agra.

Agra conta que o Açude Velho surgiu do barramento do antigo Riacho das Piabas, cercado pela própria população. “A relação do manancial com o crescimento de Campina Grande está sempre próxima, porque a cidade cresceu às suas margens e a busca pela água foi algo que seguiu com o tempo”, explica.

Com o crescimento, o Açude Novo foi construído três décadas depois, em 1870, um segundo segundo momento em que Campina Grande precisa de água, que não durou muito tempo e um terceiro reservatório foi pensado, sendo construído em Bodocongó. Antes mesmo de ser concluído, em 1917, foi descartado para o abastecimento do consumo humano, como destaca Agra. “No entanto, teve uma importância muito grande no contexto econômico do desenvolvimento porque foi a base para o funcionamento das indústrias que chegavam na cidade”, conta.

Após a construção dos três açudes, Campina Grande ainda foi abastecida pela barragem de Vaca Brava, localizado na cidade de Areia, após 1937. “Antes de receber as águas da barragem de Areia, houve um abastecimento vindo de Puxinanã durante a década de 1920. No entanto, a água era pouca para a demanda e acabou não atendendo à situação”, diz o historiador.

A solução mais longa chegou na década de 1950 com a construção de ‘Boqueirão’ que resiste até os dias atuais, mesmo não estando localizado dentro do território do município. Dos três açudes símbolos do crescimento da cidade, apenas um não existe mais: o Açude Novo foi aterrado e transformado em 1976 no Parque Evaldo Cruz.

A construção do açude Epitácio Pessoa durante a década de 1950, em Boqueirão, surgiu como uma solução para Campina Grande, construído fora da cidade, mas com função essencial para os campinenses.

Imagem

Josusmar Barbosa

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