POLÍTICA
Manifestantes jogam esterco em Câmara de CG após reajuste de vereadores
O presidente da Câmara rebateu dizendo que o reajuste é legal e que vai processar os manifestantes.
Publicado em 15/12/2016 às 10:54
Manifestantes espalharam cerca de 100 quilos de esterco no hall de entrada e na rampa de acesso ao plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Campina Grande. O movimento, composto por estudantes, foi em protesto ao projeto aprovado na manhã de quarta-feira (14), que concedeu reajuste salarial de 26,3% nos salários dos parlamentares. Além de jogar esterco na casa legislativa, os estudantes gritaram palavras de ordem como 'parasitas' e pediram para que o projeto fosse revogado. Movimento contou com a participação de oito estudantes.
O estudante de direito Luiz Felipe Nunes acredita que a decisão dos parlamentares é um absurdo se for levado em consideração o atual cenário de crise econômica que vive o país. Luiz Felipe foi candidato a vereador em Campina Grande, pelo DEM, nas eleições deste ano, mas não obteve êxito. Outro manifestante, Deyvison André, também foi postulante ao cargo de vereador pelo PTN, mas também não obteve votos suficientes para se eleger. Mesmo sendo ex-candidatos, os dois disseram que o ato não tem cunho partidário.
O projeto de reajuste salarial e concessão de 13ª salário aos vereadores foi apresentado pela Mesa Diretora da Câmara e aprovado por 14 votos a zero. O primeiro reajustou os salários dos vereadores de R$ 12.025,00 para R$ 15.193,00, o que representa um crescimento de 26,3%. Já o futuro presidente da Câmara vai ganhar R$ 22.700,00. A propositura também implanta o 13º salário para os vereadores. O reajuste e a implantação do 13º terá um impacto de R$ 900 mil por ano.
Por sua vez, o presidente da Câmara, Pimentel Filho (PSD), disse que vai entrar na justiça contra os manifestantes por depredação ao patrimônio público. Pimentel informou, ainda, que não vai revogar o reajuste salarial que, segundo ele, foi inferior à inflação dos últimos quatro anos. Em relação à implantação do 13º, Pimentel explicou que várias Câmaras espalhadas pelo país já implantaram o benefício e que também não vai revogar.
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