POLÍTICA
Manifestantes tomam as ruas do Centro de Campina Grande
Segundo estimativas da Polícia Militar, o protesto reuniu aproximadamente 2 mil pessoas durante todo o percurso.
Publicado em 15/03/2015 às 18:27
A manifestação contra a presidente Dilma Roussef, em Campina Grande, aconteceu de forma pacífica. De acordo com informações da Polícia Militar, o protesto reuniu aproximadamente 2 mil pessoas durante todo o percurso, mas não houve registros de desordem. A manifestação teve início às 14 horas, deste domingo (15), na Praça da Bandeira, Centro da cidade e terminou às 17h20, em frente ao monumento Tropeiros da Borborema, no Açude Velho.
Os manifestantes começaram a se concentrar antes das 14h, mas a caminhada só começou por volta das 15h20. Puxado por dois trios elétricos, o protesto partiu da Praça da Bandeira e prosseguiu pela rua Irineu Joffily em direção ao Açude Velho. Muitos participantes estavam com as caras pintadas, outros, mostravam faixas e cartazes com pedidos de um país livre de corrupção e injustiça. A Polícia Militar e agentes de trânsito da STTP estiveram presentes para garantir a segurança dos manifestantes.
Durante o percurso, as ruas Irineu Joffily, Miguel Couto e Severino Cruz foram temporariamente interditadas para a passagem dos manifestantes, mas de acordo com a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) da cidade, o trânsito não foi prejudicado.
Em um momento do trajeto, a Polícia Militar apreendeu um adolescente portando drogas e o conduziu para esclarecimentos. No entanto, de acordo com o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, major Gilberto Felipe, não houve registro de tumulto ou outras ocorrências de destaque durante a manifestação. O comandante não informou o efetivo de policiais que estavam presentes, mas garantiu que era um quantitativo suficiente para garantir a segurança dos participantes.
Carregando um cartaz onde estava escrito “Impeachment por um Brasil limpo”, o funcionário público Vinícius Gomes disse acreditar em uma mudança política no país. “Estamos reunidos de forma pacífica, lutando por nosso direito, que é ter um país de vergonha. Essa presidente só serve à corrupção e não podemos deixar o país à mercê dela por mais quatro anos”, afirmou.
No entanto, houve quem discordasse dos pedidos dos manifestantes. O estudante Júlio Alves, 32 anos, passava pelo Centro no momento do protesto e reclamou. “A gente acabou de ter eleições, que é a forma mais democrática de escolher um representante, e ela [Dilma Roussef], foi eleita, então termina por ser contraditório. A hora de protestar já passou.”
Já a estudante Raquel Queiroz explicou que o propósito da manifestação não poderia ser resumido em uma só pauta. “Não estamos pedindo só o impeachment de Dilma, estamos lutando pelo fim dessa corrupção, dessa roubalheira que está acabando com o país. A violência cresce, a educação é de má qualidade, a saúde, muitos impostos, tudo. Pedimos o impeachment dessa política de injustiças sociais”, afirmou.
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