Maranhão admite tomar mandato de "traidores"

O ex-governador José Maranhão (PMDB) ainda não descartou a possibilidade de tomar os mandatos dos deputados Tróccolli Júnior, Wilson Braga e Doda de Tião, por infidelidade partidária.

Segundo ele, “o PMDB é um partido democrático, mas não pode conviver com a traição. Se ocorrer traição o PMDB vai cumprir o regulamento, a legislação eleitoral e o estatuto partidário”, ameaçou.

Para José Maranhão, o caso mais complicado é o do deputado Doda de Tião, que ainda não decidiu em que lado, muito menos em qual partido afinal se manterá. “Se ele está conosco, quem dirá é ele, não com palavras formais, mas pela sua postura em sua atividade política. Votando as matérias de interesse do partido, as matérias pragmáticas, essas que definem a postura do parlamentar”, disse.

O ex-governador alegou não ter condições de afirmar se o deputado continua no partido ou se transferiu para o recém-criado PSD, do vice-governador Rômulo Gouveia. “Mas um provérbio popular define bem a situação de Doda: 'Traste oferecido não tem valor'”, alfineta Maranhão.

No caso dos deputados Tróccolli e Wilson Braga, que migraram para o PSD dentro do prazo permitido pela Justiça Eleitoral, José Maranhão explicou que ainda precisa se reunir com os demais integrantes do partido para deliberações sobre uma eventual cassação de mandato. “Tanto os suplentes, quanto o MP e o partido têm legitimidade para entrar na Justiça sobre essa questão dos suplentes fiéis ao partido, que por lei nos cabe”.