Maranhão rebate Ricardo e culpa direção socialista pela crise no PSB

Phelipe Caldas

O governador José Maranhão (PMDB) disse nesta quinta-feira (3) que causou estranheza as declarações do prefeito pessoense Ricardo Coutinho (PSB), que reclamou sobre a falta de diálogo institucional entre o Governo e a Prefeitura de João Pessoa e disse que a crise no PSB começou depois da chegada de Maranhão ao poder. O peemedebista rebateu e disse que Ricardo em nenhum momento lhe procurou para uma audiência e em tom de ironia culpou os problemas na legenda socialista à “gestão partidária”.

Maranhão foi para o ataque. “Achei muito estranho a declaração do prefeito, porque ele nunca me entregou um único projeto e nem mesmo solicitou uma audiência. Sobre a crise do PSB, a culpa é de gestão partidária. E pelo que sei, é Ricardo o presidente do partido”, destacou.

Ele falou ainda sobre a situação dos deputados federais Manoel Júnior e Marcondes Gadelha, que podem se desfiliar do PSB. Maranhão disse que os dois terão autonomia para escolher os respectivos futuros partidários, mas já disse que o PMDB está de portas abertas. “Este é um partido democrático e se optarem pelo PMDB os deputados já ingressam no generalato peemedebista”, resumiu.

Sobre as eleições de 2010, Maranhão se disse confiante com o apoio do PDT. “Luppi (Carlos Luppi, ministro do Trabalho e presidente estadual da legenda pedetista) é um companheiro de Governo Federal e já deu reiteradas declarações de que na Paraíba tem a intenção de se aliar com o nosso grupo político. E depois, o presidente estadual do PDT é o deputado federal Damião Feliciano, um amigo que deve me apoiar”, destacou.

As declarações do governador peemedebista sobre o PDT têm endereço certo, já que o líder licenciado da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, o deputado estadual Manoel Ludgério, é pedetista e trabalha para que a legenda apoie o governador Cássio Cunha Lima.