Maranhão volta atrás e diz que vai rever corte de R$ 16 mi na UEPB

Da Redação

O Governador José Maranhão declarou nesta terça-feira (2) à reitora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Marlene Alves, que deve rever o corte de R$ 16 milhões para a instituição. O orçamento de 2009 previa cerca de R$ 37 milhões para a instituição, mas após o decreto, o financiamento destinado à UEPB caiu para R$ 21 milhões.

Em entrevista à Rede Paraíba Sat, Marlene disse que o corte do orçamento na instituição feria a lei de Autonomia Orçamentária que rege a Universidade atualmente, que garante um repasse de 5% das receitas ordinárias do Estado para a instituição.

Segundo ela, o governador ao ser empossado decidiu realizar um “contingenciamento de despesas”, com o objetivo de sanar as contas públicas e se preparar para a crise econômica mundial que se apresentava. Mas a reitora lembra que, por causa da autonomia orçamentária, a UEPB não poderia ser incluída nos cortes de verbas.

Marlene garante que explicou isto ao procurador-geral do Estado, Marcelo Weick, e ao secretário de Educação, Sales Gaudêncio, que se comprometeram a estudar o caso. “Apelamos para o Governo da Paraíba rever esta decisão, o que acabou acontecendo. Hoje recebi um telefonema do governador, que disse que iria tratar de corrigir o problema”, comemorou a reitora.

Quem também foi entrevistado pela Rede Paraíba Sat foi o secretário Sales Gaudêncio. Ele disse que os cortes de gastos na administração estadual tinham o objetivo de “amenizar o déficit existente entre a proposta orçamentária e a receita da Paraíba atualmente”, mas admitiu que tudo não passou de “um grande equívoco”, já que a UEPB tem uma “estrutura administrativa-financeira particular”.

Problemas antigos

O Campus V da Universidade, que funciona em João Pessoa, já estava passando por problemas. Os professores do curso de Relações Internacionais estão com assembleia marcada para a quinta-feira, às 14h, para discutir problemas recorrentes, como a falta de professores.

Os alunos do curso também estão se mobilizando para debater as questões do campus, com assembleia marcada para esta terça-feira (2), na própria universidade.