POLÍTICA
Marcos Valério sugere pena leve
Defesa do empresário pediu pena leve e consideração aos seus bons antecedentes.
Publicado em 07/08/2012 às 6:00
A defesa de Marcos Valério de Souza negou o uso de dinheiro público nas operações do mensalão e alegou que os recursos transferidos por Valério foram obtidos em empréstimos bancários lícitos.
Marcelo Leonardo, advogado do empresário, pediu em sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal que uma eventual aplicação de pena contra Valério leve em consideração bons antecedentes do réu.
O requerimento foi o primeiro de um defensor que admitiu a possibilidade de condenação pelo STF. Segundo Leonardo, Valério "não é troféu ou personagem a ser sacrificado em altar midiático" e "foi vítima de implacável campanha de publicidade opressiva e julgado e condenado pela mídia sem defesa".
A defesa atacou a acusação do procurador-geral da República Roberto Gurgel de que o dinheiro que circulou pelo valerioduto era público e pertencia ao Banco do Brasil.
Ele citou depoimentos de funcionários da instituição bancária para tentar provar que os R$ 73 milhões repassados à agência de Marcos Valério por conta de um contrato de publicidade com o banco teve origem privada e saiu do fundo Visanet.
O fundo Visanet foi criado para promover a divulgação de cartões de crédito com a marca Visa, e o Banco do Brasil tinha participação de cerca de 30% nos recursos do fundo à época dos fatos investigados no mensalão.
A defesa citou perícias dos autos do processo que indicam que, do ponto de vista formal, são regulares os empréstimos.
Comentários