Margareth é eleita Reitora da UFPB

A candidata da oposição, Margareth Diniz, venceu ontem as eleições para a reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ela obteve 94,61% dos votos no segundo turno das eleições, contra os 5,39% obtidos pela candidata da situação, Lúcia Guerra. As eleições aconteceram entre as 8h e 21h da quarta-feira, por força de decisão judicial, e foi marcada por uma série de protestos dos aliados de Lúcia Guerra, que questionavam a realização do pleito. Um total de 44.361 pessoas (88%) não compareceram às urnas, um número 18% maior do que foi computado no primeiro turno das eleições.

Foram disponibilizadas 61 urnas de papel para que professores, alunos e funcionários pudessem escolher o novo reitor da UFPB.

O recorde de abstenção foi registrado entre os alunos. Um total de 41.506 (94,2%) se abstiveram de votar. Apenas 2.563 estudantes (5,8%) foram às urnas. Dentre a comunidade docente, a abstenção foi um pouco menor, chegando a 1.323 (57,6%), tendo apenas 972 (42,4%) votantes. Dentre os funcionários, a abstenção foi ainda menor. Do total de 3.537 que compareceram às urnas, 2.005 (56,7%) votaram e 1.532 (43,3%) se abstiveram de votar.

No dia da eleição, a candidata Lúcia Guerra fez um apelo aos seus eleitores, para que não votassem, pois a ação judicial, promovida pela chapa de Margareth Diniz, estaria contrariando a autonomia da UFPB. “Nossa chapa permanece determinada a participar do segundo turno deste processo, tão logo o Consuni delibere a este respeito”, diz em nota. A assessoria da UFPB informou que cumpriu a determinação da Justiça, de realizar as eleições, mas que não acompanhou a contagem de votos.

Para o coordenador da campanha de Margareth Diniz, Flávio Lúcio R. Vieira, não se pode questionar a legitimidade da eleição e a representatividade da votação obtida pela chapa Margareth Diniz-Eduardo Rabenhorst nos dois turnos.