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POLÍTICA

Mercenarismo: sindicalista e presidente da CMCG trocam farpas sobre reajuste de vereadores

Napoleão insinua que parlamentares são mercenários e Ivonete o acusa de mesma prática.    

Publicado em 07/10/2017 às 10:28

A decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que manteve a suspensão do reajuste de 26% e o pagamento do 13º salário para os vereadores de Campina Grande, provocou uma troca de farpas entre a presidente da Câmara Municipal, Ivonete Ludgério (PSD), e o ex-vereador e diretor do Sintab, Napoleão Maracajá,.

O sindicalista foi o autor da ação popular, em 2016, na 2ª Vara da Fazenda Pública, que acatou o pedido e suspendeu o reajuste. Os vencimentos passariam de R$ 12.025 para R$ 15.193, e para R$ 22.700, no caso da presidência da Casa. A Mesa da Câmara recorreu ao TJPB, mas não obteve êxito.

Dor de cotovelo

Ao comentar a decisão, Napoleão disse que a insistência da Mesa da Câmara em derrubar a decisão da Justiça causava aspecto de mercenário. A declaração foi rebatida por Ivonete Ludgério. Ela disse que o sindicalista estava com ‘dor de cotovelo’ e o acusou de ser mercenário.

“Se ele (Napoleão) nos julga como mercenários, então ele o foi durante os quatro anos de mandato aqui, porque ele nunca abriu mão do direito do aumento, como vereador. Ele mudou de postura?”, indagou em tom de reprovação.

Ivonete ressaltou que nenhum vereador está deixando de trabalhar e fazer suas obrigações como parlamentar, por causa de questões financeiras. “O trabalho se iniciou no dia primeiro de janeiro e continuamos durante todos os dias da semana. Acho que o ex-vereador está é com dor de cotovelo”, alfinetou a presidente da CMCG.

Privilégios

Napoleão rebateu, assinalando que Ivonete deveria dar o exemplo, inclusive na linguagem e na forma de se expressar. “Os quatros anos que passei na Câmara procurei ser muito ético, muito honesto e respeitando o povo. Mas, também lutei contra os privilégios, ela é testemunha disso. Fiz requerimento sugerindo ponto eletrônico, porque tem vereador que mal vai lá e sugeri que fosse descontado o salário dos faltosos. O que eu disse é que a insistência por esse dinheiro causa um aspecto, para aqueles que o buscam, de mercenário, porque são três insistências”, pontuou Napoleão.

Para ele, o vencimento de R$12 mil do vereador, levando em consideração a realidade do povo brasileiro e de Campina Grande, é um bom salário. “Para alguns, talvez, ele esteja muito acima do que muitos merecem pelo nível de descompromisso que tem com a população”, frisou o sindicalista.

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Jornal da Paraíba

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