POLÍTICA
Ministério Público deflagra operação para recuperar recursos desviados do Lifesa
Estão sendo cumpridos mandados de busca e de sequestro de R$ 2 mi em bens. Empresários e ex-presidente do Lifesa são alvos.
Publicado em 09/09/2015 às 8:30
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) deflagrou na manhã desta quarta-feira (9) a ‘Operação Ajuste’. Estão sendo cumpridos mandados de apreensão e de sequestro de R$ 2 milhões de bens, que estão em nome de dois empresários, de empresas potiguares e de um ex-presidente do Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba S/A (Lifesa). Os alvos da operação faziam parte de um esquema que teria desviado recursos públicos do Lifesa.
A denominação de ‘Operação Ajuste’ faz uma referência ao “ajuste” nas contas dos investigados, das empresas e do Lifesa, que deu origem às investigações.
Os mandados de apreensão e sequestro estão sendo cumpridos em João Pessoa, na Paraíba, e nas cidades de Caraúbas, Parnamirim e Natal, no Rio Grande do Norte; além de Recife, capital pernambucana. Entre os bens alvos de sequestro estão recursos financeiros em contas bancárias dos investigados, carros de luxo, a exemplo de BMW e Hilux's, além de vários apartamentos e residências localizadas na orla de João Pessoa e em bairros nobres de Natal, Parnamirim e Recife.
De acordo com as investigações do Ministério Público, o grupo teria celebrado um convênio para a reestruturação do Lifesa junto à Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep) de mais de R$ 3,4 milhões, mas os valores não foram aplicados. Depois disso, os suspeitos (entre eles um ex-presidente do Lifesa) teriam simulado, durante o ano de 2012, a realização de um empréstimo entre o Lifesa e uma empresa; e depois feito transferências indevidas de dinheiro.
De uma única vez, segundo o Ministério Público, teria sido transferido um montante de R$ 1,6 milhão; valor que não teria sido devolvido ao poder público. Os recursos alvo de sequestro ficarão à disposição da Justiça e, com o cumprimento das buscas, os promotores de Justiça do Gaeco buscam aprofundar as investigações, identificando e tipificando a atuação de cada um dos integrantes do grupo, sendo essa a primeira etapa da operação.
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