POLÍTICA
Ministro da Indústria entrega carta de demissão a Temer
Presidente nacional do PRB pretende se candidatar ao cargo de deputado federal.
Publicado em 03/01/2018 às 13:27
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), entregou o cargo na tarde desta quarta-feira (3). Na carta de demissão, endereçada ao presidente Michel Temer (PMDB), Marcos Pereira, que é presidente nacional do PRB, argumenta que está se afastando para disputar uma vaga de deputado federal nas eleições de outubro.
"Caros amigos, colegas do PRB, povo brasileiro: entreguei hoje ao presidente Michel Temer meu pedido de demissão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Cumpri com muita dedicação esta missão que me honrou muito. Abaixo segue a íntegra da carta. Obrigado a todos os secretários, servidores e amigos que fiz no MDIC nestes 21 meses. Saio satisfeito e feliz", escreveu na carta, publicada por ele em sua página no Facebook.
Marcos Pereira afirma que, apesar de estar deixando o ministério, “eu e o meu partido, o PRB, apoiamos as reformas e continuaremos apoiando tudo aquilo que for bom para o país”.
Apesar do apoio, o secretário-geral Moreira Franco, disse ao G1 que, com a saída de Marcos Pereira do primeiro escalão, não está garantido que o ministério continue sob o comando do PRB. "Isso ainda será discutido", ressaltou.
A demissão de Marcos Pereira é a terceira baixa no governo Temer desde dezembro do ano passado. Nas últimas semanas, também pediram demissão os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).
Envolvimento
Segundo o G1, o presidente do PRB é alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado às delações da construtora Odebrecht. Delatores da empreiteira afirmaram ter feito repasses de R$ 7 milhões para o PRB, sendo que o pagamento teria sido feito diretamente a Marcos Pereira.
O agora ex-ministro também é suspeito de ter recebido propina do empresário Joesley Batista. O dono do frigorífico JBS gravou uma conversa na qual Marcos Pereira evitou falar a palavra dinheiro, mas mencionava números. Em meio ao diálogo, Joesley citou a palavra saldo e indica que estão tratando de repasse de propina.
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