POLÍTICA
Ministro prevê atração de agroindústrias
Paraíba foi reconhecida nacionalmente como zona livre da aftosa e em 2014 pode obter a licença internacional da Organização Mundial de Saúde Animal.
Publicado em 06/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:06
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade Ferreira, disse ontem que a Paraíba poderá atrair vários empreendimentos da agroindústria a partir de maio de 2014, quando obtiver a licença internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmando o Estado como zona livre da febre aftosa com vacinação.
“Vários confinamentos poderão ser instalados aqui na Paraíba, frigoríficos também. É muito bom para a economia. O status de zona livre vai valorizar o rebanho e as terras da Paraíba”, disse Andrade Ferreira.
A Paraíba foi reconhecida nacionalmente como zona livre da aftosa com a assinatura ontem do Ato de Instrução Normativa, pelo ministro Antônio Andrade e o governador Ricardo Coutinho, em solenidade no Palácio da Redenção, em João Pessoa. Com a normativa, o rebanho paraibano poderá transitar livremente pelo país, o que proporciona valorização do rebanho, ampliação de mercado e consequentemente mais investimentos. A próxima etapa deve ocorrer no mês de maio do próximo ano, com a certificação internacional.
“A primeira etapa, a de reconhecimento nacional, foi vencida. A segunda etapa vem com o reconhecimento internacional. Em outubro iremos encaminhar todas as documentações à OIE (Organização Internacional de Saúde Animal), eles virão em fevereiro para constatar se está sendo executado o que está no papel. Se tudo ocorrer bem, acredito que em maio o país será declarado zona livre de aftosa”, explicou o ministro Antônio Andrade.
Dos cerca de 1,3 milhão de animais que integram o rebanho bovino do Estado, mais de 1 milhão foram vacinados contra a aftosa. Para recompor o rebanho dizimado pela estiagem, o ministro Antônio Andrade assegurou a aquisição de caprinos e ovinos para o Estado. “Principalmente da caprinocultura e da bovinocultura porque vários rebanhos foram dizimados. A presidente está consciente dessa responsabilidade e dessa importância de recompor o rebanho”, assegurou o ministro.
RICARDO APONTA MARCO HISTÓRICO
O governador Ricardo Coutinho descreveu o reconhecimento nacional como sendo um marco histórico e busca dar continuidade ao trabalho, já que a ausência da normativa causaria grandes perdas ao setor produtivo.
“Nós tiramos o Estado de uma situação constrangedora, nós não tínhamos pessoal contratado, contratei 67 técnicos fiscais para defesa agropecuária, a cobertura era baixa em termos de vacinação, sem mapeamento georreferenciado nas propriedades, o que foi feito. Tudo isso fez com que a Paraíba recebesse a normativa”, afirmou o governador.
Já o secretário estadual da Defesa Agropecuária e da Pesca, Marenilson Batista, revelou que as equipes da Defesa Agropecuária da Paraíba ainda buscam os produtores que estão inadimplentes com a vacinação do rebanho ou não comprovaram a imunização do rebanho. Os animais que ainda não receberam a vacinação serão imunizados compulsoriamente.
“Com isso ganha o nosso rebanho, porque ele vai poder circular livremente, vai ter mais comercialização e ganha a população porque tem a garantia da fiscalização nos produtos produzidos aqui no Estado”, disse Marenilson Batista.
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