POLÍTICA
Moeda de troca para cargos públicos
Publicado em 04/12/2011 às 8:00
Nas próximas eleições municipais, pelo menos na disputa majoritária pelas prefeituras de João Pessoa e Campina Grande por exemplo, o que se projeta é uma pulverização de candidaturas de vários partidos isolados. Algumas legendas, como o PSL e o PSC, apregoam que a intenção é fortalecer o partido em cidade com o maior número de habitantes no Estado.
Para o cientista político Fábio Machado, muito mais do que querer utilizar o espaço para divulgar o programa político partidário, como deixa parecer nas transmissões do guia eleitoral e no discurso dos líderes, o que muitos partidos desejam ao forçar candidaturas próprias é negociar o apoio com os votos acumulados no primeiro turno.
“É uma maneira que alguns grupos políticos têm para negociar o apoio de maneira mais vantajosa para eles. Você entra na campanha, amealha alguns votos e negocia esse total em um segundo turno. Aumentando seu cacife político, têm uma moeda de troca melhor para negociar com o vencedor”, explica Machado.
Segundo ele, tudo não passa de uma posição estratégica adotada por pequenos partidos para tentar barganhar poder e tentar participar da gestão pública daquele a quem ele ajudou a eleger. “Claro que isso não vale para todos, alguns ainda mantêm a ideologia".
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