POLÍTICA
Morte de Marco Maciel faz lembrar que só com a direita "transante" será possível tirar Bolsonaro do poder
Publicado em 12/06/2021 às 20:19 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:51
Marco Maciel morreu neste sábado (12).
Tinha 80 anos e sofria do Mal de Alzheimer desde 2014.
Sua trajetória política nós conhecemos bem.
Foi deputado, governador de Pernambuco (o últimos dos nomeados pela ditadura), senador, ministro e vice nos dois mandatos do presidente de Fernando Henrique Cardoso.
Sabia bem quais eram as atribuições do vice e foi rigorosamente fiel a elas. Não era um conspirador.
Era um homem de direita. Uma direita que todos os países têm e que faz parte do jogo político das nossas democracias.
Em 1994, fui duramente criticado por amigos de esquerda porque votei num candidato à presidência - Fernando Henrique Cardoso - que tinha Marco Maciel como vice.
Os mesmos que não disseram nada, em 2002, quando votei num candidato - Lula - que tinha José Alencar como vice.
A morte de Marco Maciel me remeteu a uma expressão e à necessidade de reafirmar algo que muitos estão dizendo, cada qual ao seu modo
A expressão, cuja origem não conheço ao certo: direita "transante". É autoexplicativa. Aquela direita com a qual podemos transar.
Marco Maciel era da direita "transante".
A reafirmação: para tirar o presidente Jair Bolsonaro do poder através do voto, nas eleições de 2022, a democracia brasileira só o fará num jogo político do qual participe a direita "transante".
Se não for assim, poderemos ter Bolsonaro num segundo mandato.
Não nos iludamos.
Comentários