POLÍTICA
MP entra com ação contra prefeito de Bayeux por contratação sem licitação
Legalidade de contrato de uma empresa de contabilidade é questionado pelo Ministério Público.
Publicado em 03/10/2018 às 8:04 | Atualizado em 03/10/2018 às 14:25
O Ministério Público ajuizou uma ação de improbidade administrativa com pedido de liminar contra o prefeito de Bayeux, Mauri Batista da Silva, mais conhecido como Nôquinha, e uma empresa de contabilidade por contratação por inexigibilidade de licitação fora das hipóteses legais. A informação foi divulgada na terça-feira (2).
De acordo com a ação, em de janeiro de 2017, o prefeito afastado de Bayeux, Gutemberg Lima Davi, efetivou a contratação direta da empresa para a prestação de serviços de assessoria e consultoria contábil e financeira para a Prefeitura Municipal de Bayeux. A contratação ocorreu por inexigibilidade de licitação, embora fora das hipóteses legalmente permitidas e deixando de observar as respectivas formalidades legais previstas para a espécie, devido à falta dos requisitos da singularidade dos serviços de contabilidade prestados e da notória especialização da empresa contratada.
Diante disso, foi expedida uma recomendação pelo Ministério Público, em agosto passado, para que o prefeito se abstivesse de contratar prestadores de serviços contábeis por inexigibilidade. Entretanto, as medidas não foram efetivadas.
Segundo a ação, o contrato celebrado entre o município de Bayeux e a empresa de contabilidade é contrário ao ordenamento jurídico, ante a ausência de natureza singular do objeto contratado. Além disso, não existe nenhum elemento nos presentes autos que autorize o enquadramento dentro da hipótese de inexigibilidade.
A ação pede liminar de a indisponibilidade dos bens encontrados de todos os envolvidos nos atos de improbidade administrativa. Também requer a a condenação dos réus por improbidade administrativa aplicando-se as sanções do artigo 12, inciso II, da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8429/1992), entre elas, ressarcimento integral do dano; suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. A ação requer ainda a anulação do contrato.
Outro lado
A assessoria da Prefeitura de Bayeux disse que o prefeito ainda não foi notificado sobre a ação do Ministério Público Estadual.
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