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POLÍTICA

MP investiga compra de voto nas eleições de Soledade

As duas coligações que disputaram a prefeitura estão trocando acusações de compra de votos.

Publicado em 18/09/2013 às 11:16

O promotor de Justiça Arlindo Almeida informou nesta quarta-feira (18) que está investigando duas denúncias que têm relação com a eleição suplementar para a prefeitura de Soledade . As duas coligações que disputaram o pleito realizado em 1º de setembro estão trocando acusações de compra de votos. Na votação Flávio Aureliano (PTN) foi eleito prefeito derrotando Miranda Neto (PT) com 4.306 votos contra 3.975.

Segundo o promotor , as duas representações com as acusações de suposta compra de votos foram movidas na semana passada. A coligação do candidato derrotado Miranda Neto afirma que o grupo do prefeito eleito fomentou uma pesquisa eleitoral que na verdade teria a intenção de mapear eleitores indecisos para fazer a cooptação de votos. Já Flávio Aureliano acusa Miranda e o ex-prefeito Ivanildo Gouveia, que participou da coordenação da campanha, de terem prometidos terrenos a algumas pessoas em troca de votos.

“ As representações foram protocoladas e vamos apurar até que ponto efetivamente existem provas. Existem muitas coisas que acontecem e quando você investiga não existe a materialidade do crime”, afirmou Arlindo Almeida. O promotor disse que tem um prazo de 30 dias para concluir as investigações e explicou que elas não devem interferir no resultado da eleição. “Ambas são (representações) no campo criminal. Caso se tornem ações, serão ações penais”, pontuou.

A coligação de Miranda Neto fez a representação com base em documentos utilizados na suposta pesquisa de intenção de voto. Segundo um dos coordenadores da campanha, Ivanilson Gouveia, ela foi organizada por um cabo eleitoral do prefeito eleito e os papéis trazem anotações sobre possíveis pagamentos a eleitores indecisos. “O levantamento na prática estava monitorando os eleitores indecisos, para depois aplicar a captação ilícita de votos”, disse.

A representação de Flávio Aureliano foi motivada por um áudio, supostamente gravado por um eleitor. “Tivemos acesso a um áudio onde o senhor Ivanildo Gouveia e o então candidato a prefeito Miranda Neto prometeram a um eleitor doar um terreno em troca do seu voto nas eleições suplementares”, afirmou o advogado que representa o prefeito eleito, Antônio do Vale.

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Jornal da Paraíba

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