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POLÍTICA

MPF vai pedir à Polícia Federal que investigue contas do PSB

 Ministério Público pretende investigar uma possível fraude na contabilidade praticada pelo PSB na campanha de Ricardo Coutinho ao governo em 2010

Publicado em 08/05/2015 às 7:21 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:34

Após a empresa Epan Comércio e Serviços Ltda. se livrar ontem da acusação de ter doado irregularmente R$ 30 mil à campanha de Ricardo Coutinho (PSB) ao governo do Estado, em 2010, o Ministério Público Federal (MPF) pretende investigar uma possível fraude na contabilidade praticada pelo PSB naquele ano. O procurador regional eleitoral, João Bernardo da Silva, disse que vai juntar os documentos da prestação de contas da campanha e entregá-los à Polícia Federal para abertura de inquérito civil.

A decisão do procurador foi tomada após o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), na sessão de ontem, reformar a decisão para absolver a empresa, que, mesmo apenas com indícios de fraude, havia sofrido multa de R$ 150 mil. O recurso especial, com voto favorável do relator Ricardo da Costa Freiras, foi acompanhado por mais quatro magistrados, dentre eles, o voto de vista do juiz Breno César Wanderley.

O procurador regional eleitoral, João Bernardo da Silva, explicou que diante da possível fraude, é preciso recolher os documentos apresentados na prestação de contas para análise. “Se constatando algum indício, encaminharemos à Polícia Federal para que proceda a investigação, pois é preciso realizar perícias, oitivas de testemunhas e o que mais for necessário para fundamentar a abertura de um processo penal”, afirmou.

A Epan havia sido condenada em primeiro grau por ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, sob acusação de que a empresa teria efetuado doação para o governador na campanha de 2010 no valor de R$ 30 mil, sem, contudo, ter tido faturamento bruto no exercício de 2009, suficiente para tal doação. “Nos autos do processo, inclusive, tem um comprovante de depósito, em espécie, no valor de R$ 30 mil, encaminhado à Justiça Eleitoral pelo PSB, ao qual Ricardo Coutinho é filiado”, destacou Breno Wanderley, no voto.

O advogado da Epan, Antônio Brito Dias Junior, afirmou que no período a empresa estaria inativa e que nunca fez doação de nenhum valor, muito menos em espécie, para a campanha. Além de negar ter efetuado a doação, a empresa fez juntar cópia do correspondente recibo eleitoral apócrifo obtido nos autos da prestação de contas, bem como a DIPJ referente ao exercício 2010/ano calendário 2009, comprovando ausência de faturamento no ano anterior.

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Jornal da Paraíba

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