POLÍTICA
Mudança da ALPB para a Epitácio volta a ser alvo de disputa política
Deputados divergem do pedido de Cartaxo contra transferência da Casa.
Publicado em 08/11/2016 às 13:13
O pedido do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), para que a sede da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) não seja transferida para o antigo prédio do Paraiban, na Avenida Epitácio Pessoa, foi alvo de divergências entre os líderes das bancadas de apoio e oposição ao governo do estado. O presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), principal articulador da mudança, havia prometido iniciar a obra em novembro, mas nesta terça-feira (8) transferiu parte do recurso guardado para execução do projeto para pagamentos ordinários da administração.
O líder da oposição, Renato Gadelha (PSC), segue o entendimento do prefeito Luciano Cartaxo, que alega que a retirada do legislativo estadual vai descaracterizar a Praça dos Três Poderes, além de advertir sobre os transtornos no trânsito que a mudança deve causar. “Já havia recebido muitas manifestações de entidades ligadas à cultura e história paraibana. Com os recursos disponíveis daria para fazer uma boa reforma nos gabinetes”, argumentou.
Já o líder de sustentação do governador Ricardo Coutinho (PSB), que cedeu o terreno do estado ao legislativo, deputado Hervázio Bezerra (PSB), disse que a mudança do local já foi amplamente debatida e já é assunto sacramentado. O socialista apelou à falta de estrutura da imprensa. “Toda e qualquer sugestão e crítica é legítima, assim como temos críticas a fazer à gestão do prefeito. Ele foi vereador, deputado desta Casa e é uma opinião que vamos respeitar”, afirmou, reiterando que pessoalmente entende que a mudança é necessária para o bom funcionamento dos trabalhos legislativos.
O presidente Adriano Galdino pretendia iniciar a reforma da nova sede da Assembleia neste mês de novembro, mas ainda aguarda a autorização do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) para iniciar o obra. O presidente da Casa está confiante no êxito dos ajustes enviados ao TCE, que questionou o processo licitatório em julho deste ano com base em denúncia de uma empresa de engenharia, que alegou que a Comissão Permanente de Licitação não disponibilizou projetos básicos às concorrentes.
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