POLÍTICA
Na Assembleia da PB, síndrome do ‘baixo clero’ ameaça deputados
Por uma questão de perfil, por opção ou por temperamento, alguns deputados não conseguem se destacar no Legislativo, influenciar e se envolver nos debates.
Publicado em 13/03/2011 às 11:17
Aline Lins
Do Jornal da Paraíba
Por uma questão de perfil, por opção ou por temperamento, alguns deputados não conseguem se destacar no Legislativo, influenciar e se envolver nos debates. Toda legislatura tem o chamado ‘baixo clero’; A análise da participação dos parlamentares na composição da Mesa Diretora ou nas comissões permanentes da Casa, que se arrasta há praticamente um mês, a indicação como líderes de partidos, bem como a produção parlamentar e a atuação efetiva em debates de interesse da sociedade são formas de detectar o desempenho de cada um e avaliar os que têm potencial para não “apitar” em nada na Assembleia.
Com quase 40 dias da posse, é cedo para dizer quem é o “baixo clero”, mas nos próximos dias isso já começa a se delinear, a partir da formação das comissões, cuja definição só deverá ocorrer esta semana.
“A substância de cada mandato passa a ser medida a partir do desempenho e interesse de cada parlamentar em honrar o mandato recebido”, alerta o historiador José Octávio de Arruda Melo, que vê na atual legislatura potenciais candidatos ao ‘baixo clero”.
Na legislatura passada, 1/3 da Casa deixou a desejar
É possível nominar os deputados que na Legislatura passada podem ser enquadrados como ‘baixo clero’: Ivaldo Morais (PMDB), Verissinho (PMDB), Fabiano Lucena (PSDB), Biu Fernandes (PSB), Jacó Maciel (PDT), Márcio Roberto (PMDB), Ricardo Barbosa (PSB), Francisca Motta (PMDB), Quinto de Santa Rita (PMDB), Arnaldo Monteiro (PSC), Antônio Mineral (PSDB) e Socorro Marques (PPS).
Esses deputados frustraram as expectativas, inclusive, na produção parlamentar. De acordo com o site “Excelências”, Jacó apresentou em 2007 cinco matérias consideradas sem relevância, e em 2008, duas. Márcio Roberto também ficou nessa média.
Já Francisca Motta apresentou 27 projetos sem relevância em 2007, e 56 em 2008; Ivaldo Morais, por sua vez, em 2007 teve 26 proposituras sem relevância, e 33 em 2008; Quinto de Santa Rita foi autor de 306 matérias sem relevância em 2007, e 45 em 2008; Socorro Marques elaborou 14 matérias sem importância em 2007, e 15, em 2008. Arnaldo Monteiro apresentou dez sem relevância em 2007 e sete, em 2008.
Alguns, como Antônio Mineral, sequer mereceram ter as matérias contabilizadas: homenagens a pessoas e instituições, batismos de logradouros e salas, convocações de sessões especiais, e datas comemorativas. (AL)
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