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POLÍTICA

'Nanicos' ganham força e começam incomodar

Partidos traçam estratégias para tentar acabar com a dependência dos atuais partidos tradicionais e conseguem espaço junto aos considerados influentes.

Publicado em 04/12/2011 às 8:00


O período das apresentações de candidaturas ainda está longe de começar, mas, entre os interessados nos arranjos políticos, a especulação quanto à formação de alianças para as próximas eleições é assunto recorrente. De olho apenas nos partidos com possíveis candidatos de peso, muitos, no entanto, desconhecem ou não levam em conta a força de partidos com pouca representação política, como PSTU, PCO, PSC, PV, PSDC dentre outros.

Os chamados partidos 'nanicos', que em eleições passadas em alguns casos se juntavam aos grandes para ter pelo menos um pouco de participação e influência política, acabaram descobrindo sua força. Através de estratégias que lhes proporcionaram grande oportunidade para tentar acabar com a dependência dos atuais partidos tradicionais, eles conseguiram espaço junto aos considerados influentes e podem até determinar o rumo de futuras eleições.

“Servindo como ‘legenda de aluguel’ para eleição de políticos fortes e, por conseguinte, adiando a formação de alianças – no âmbito da eleição majoritária do Executivo –, para um possível segundo turno, partidos ‘nanicos’ ganharam força e prestígio entre os gigantes e tradicionais concorrentes”, diz o cientista político Ítalo Fittipaldi, que aponta o trânsito intenso de pretensos candidatos para partidos menores antes do prazo final de filiações, como aceno para esse fenômeno.

A questão, segundo Ítalo Fittipaldi, é que as legendas 'nanicas' se tornaram capazes de pulverizar uma disputa eleitoral majoritária. “Um ‘nanico’ isolado tem pouca influência. Unidos, eles podem causar impacto. Numa eleição acirrada e com poucos nomes competitivos, a soma de seus votos pode ser decisiva para a realização de um segundo turno”, comenta.

Exemplo ocorreu nas eleições municipais de 2008 em Campina Grande, quando o então candidato à prefeitura municipal pelo PHS, Feitosa, que teve 2,52% (5.516) do total de votos válidos, conseguiu levar a disputa entre Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e Rômulo Gouveia (PSDB) para o segundo turno, cada um, respectivamente, com 48,88% (106.844) e 47,78% (104.449).

O mesmo feito foi registrado na disputa estadual em 2006, quando o candidato Davi Lobão (PSOL), com 1,21%, conseguiu forçar um segundo turno entre Cássio Cunha Lima (PSDB), com 49,67%, e José Maranhão (PMDB), com 48,74%, para o governo da Paraíba.

Com essa força, além de provocar um segundo turno entre os candidatos na disputa majoritária (prefeito, governador e até mesmo para presidente da República), os partidos menores têm ainda o poder de barganhar alianças com os que passarem para a segunda fase das eleições. Além disso, explica Fittipaldi, os 'nanicos' têm mais facilidade para eleger candidatos de sua legenda numa disputa na proporcional.

“Em relação ao Poder Executivo, os partidos 'nanicos' não exercem tanta influência, porque, nesse caso, quem tem peso é o candidato e não o partido propriamente dito. No caso dos vereadores, as ‘legendas de aluguel’ se tornaram a chance de ganhar espaço ou não, já que através de uma legenda maior o candidato talvez não se elegesse”, enfatiza o cientista político Ítalo Fittipaldi.

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Jornal da Paraíba

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