POLÍTICA
'Não dá para fazer gambiarra com segurança da Paraíba', diz Cartaxo
Prefeito criticou decisão de Ricardo em criar MP da Guarda Militar Temporária.
Publicado em 21/08/2017 às 12:06
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), aproveitou o lançamento do concurso de 587 vagas para a área da saúde para alfinetar o governador Ricardo Coutinho (PSB) sobre a Medida Provisória 246, que prevê a criação da Guarda Militar Temporária (SMT) para atuar na segurança externa dos presídios da Paraíba. De olho no governo do estado nas eleições de 2018, Cartaxo disse, nesta segunda-feira (21), que não dá para fazer “gambiarra” com uma área tão sensível para a população.
“Na minha leitura, o pessoal da Polícia Militar e da Polícia Civil mereciam um concurso público na Paraíba porque improvisar numa área tão importante, tentar achar medidas temporárias como é a área da segurança pública, é sem dúvida um prejuízo para o povo da Paraíba”, avaliou Cartaxo.
O prefeito da capital disse que a MP da Guarda Militar é uma gambiarra, já que a nomeação temporária de pessoal para suprir um área carente de concurso é inadmissível. “Acho isso uma gambiarra. Você não consegue resolver a coisa de maneira definitiva como manda a lei, que é o instituto do concurso público e quem paga o preço muito alto disso é a população. Eu sei que a Paraíba tem uma defasagem muito garnde com relação ao número de policiais nas ruas, na Paraíba inteira, mas essa não é a melhor solução, que é o concurso público”, comentou.
Na sexta-feira (18), Ricardo Coutinho acusou a oposição de fazer polêmica com uma solução que deve resolver o problema da segurança pública, ainda que temporariamente, com a ampliação de 800 homens que atualmente fazem a guarda externas nas unidades penitenciárias e de cumprimento de medidas socioeducativas, levando-os às ruas.
O socialista também acusou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) quando governador, hoje aliado de Cartaxo, ter tentando implantar a mesma guarda, mas sem sucesso. “O guru deles tentou fazer a mesma coisa e não conseguiu, por incompetência”, alfinetou Ricardo.
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