POLÍTICA
“Não terei nomes políticos”, diz Nilvan Ferreira sobre indicações para secretariado
Candidato também falou sobre armar a guarda municipal e retorno de aulas presenciais.
Publicado em 24/11/2020 às 19:50 | Atualizado em 06/07/2023 às 12:36
O candidato Nilvan Ferreira (MDB) afirmou que, caso seja eleito, sua equipe de secretários não será formada por nenhum político. Ele garantiu que terá condições de fazer isso, pois não fez acordo com nenhum partido e assim, terá condições de convidar nomes, que segundo o candidato, serão indicados pelos setores produtivos e especializados da cidade.
“Vou fazer um governo diferente, com uma gestão técnica. Eu já tenho nomes definidos e a partir da próxima semana vou anunciar alguns. Não terei nomes políticos. O trade turístico vai dizer o nome do secretário de turismo, os setores produtivos como Fiep, Sinduscon e outras entidades também vão indicar nomes. Eu fui o único candidato que não fiz alianças. Todas as secretarias terão técnicos. Eu vou romper com estruturas antigas, com o jeito velho de fazer política. João pessoa no pós-pandemia requer uma gestão técnica e esse é o meu acordo com o povo”, disse.
O JPB2 realizou uma série de entrevistas com os dois candidatos à prefeitura de João Pessoa neste segundo turno. Na segunda-feira (23), Cícero Lucena (PP) foi o candidato entrevistado. Nilvan foi o segundo entrevistado na sabatina com os candidatos a prefeito de João Pessoa. Durante dez minutos, o prefeitável respondeu perguntas formuladas pelo jornalista e comentarista político da Rede Paraíba de Comunicação, Laerte Cerqueira.
Radialista e apresentador de televisão, Nilvan foi questionado sobre como lidará com as críticas que receberá da imprensa, caso seja eleito prefeito de João Pessoa. Ele garantiu que lidará com isso de maneira tranquila, exatamente por ter sido profissional da categoria e entender como funciona o trabalho da mídia.
“Vou lidar com o conhecimento de quem é de imprensa. Não vou perseguir jornalistas que criticarem os gestores. Não tenho medo de ser vidraça, pois já estive do outro lado. Eu sei como é ruim quando o gestor fica magoado, mas comigo a imprensa terá toda a liberdade. Eu sei qual é o papel da imprensa na fiscalização e na cobrança”, afirmou.
No primeiro turno, Cícero foi o candidato mais votado na capital paraibana, com 20,72% dos votos válidos. Nilvan obteve 16,61% dos votos válidos. Na primeira rodada da pesquisa Ibope, com números referentes ao segundo turno na Capital, o candidato Cícero Lucena tem 44% e Nilvan Ferreira 36%. Brancos e nulos somam 16%. Os que não sabem ou não responderam, 3%. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (24).
Confira outros pontos da entrevista com Nilvan Ferreira:
- Lockdown
“Eu sei que não vai ter sobrecarga, pois a equipe que eu vou nomear (secretário e comitê gestor com os melhores especialistas) vai me garantir ter as primeiras providências a partir de primeiro de janeiro, com UPAs preparadas, unidades de saúde e se precisar de UTI, vamos ter hospitais preparados, para que eu tenha certeza de que não vai ter a segunda onda. A realidade da Europa é diferente, aqui não tem clima pra segunda onda”.
- Retomada de aulas presenciais
“Eu começo a abrir as escolas particulares (ensino fundamental) a partir de 18 de janeiro. Não tem lockdown com Nilvan na prefeitura. Começaremos com protocolos em setores da rede privada de educação e depois vou discutir, conjuntamente com a equipe de saúde, a abertura gradativa a rede municipal de ensino. A saída para reduzir o prejuízo no ano letivo é ensino híbrido, com aulas presenciais e semipresenciais. Vai ter TV aberta, banda de internet e nós vamos tentar recuperar o prejuízo de 2020”.
- Utilização de armas pela Guarda Municipal
“É um importante braço da segurança pública. Precisamos levar as famílias às praças. Eu vou conversar, pois eu vou ter que construir uma relação institucional com o Governo do Estado. Vou armar, vou preparar, vou fazer concurso para 300 guardas municipais e eles serão fundamentais para construir um ambiente saudável, para que as pessoas se sintam seguras”.
- Economia
“A retomada no pós-pandemia me coloca um grande desafio. Vou fortalecer a rede de programas sociais, vou estabelecer um programa vale gás para atender famílias cadastradas no Bolsa Família e vou ter o Banco da Retomada. Esse programa vai ser assim: vou pegar R$ 30 milhões do gabinete e teremos caça-empreendedores procurando essas pessoas nos bairros. É um dinheiro sem burocracia. Será até R$ 15 mil para colocar um novo negócio ou fortalecer um negócio que já existe, ajudando as pessoas nessa retomada”.
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