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POLÍTICA

Ney Suassuna vira réu em processo da Lava Jato sob acusação de receber propina

Segundo MPF, Suassuna recebeu propina em contratos de afretamento de navios pela Petrobras.

Publicado em 06/08/2019 às 8:01 | Atualizado em 06/08/2019 às 15:04


                                        
                                            Ney Suassuna vira réu em processo da Lava Jato sob acusação de receber propina
Francisco Franca

				
					Ney Suassuna vira réu em processo da Lava Jato sob acusação de receber propina
Francisco Franca

O ex-senador da Paraíba Ney Suassuna (PRB) virou réu em um processo da Operação Lava Jato por um suposto esquema de corrupção em contratos de afretamento de navios pela Petrobras. O ex-cônsul honorário da Grécia no Rio de Janeiro Konstantinos Kotronakis e outras oito pessoas também se tornaram réus na mesma ação. Atualmente Ney é suplente do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB).

De acordo com o portal G1, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pela juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no fim de julho. Suassuna e Kotronakis viraram réus por corrupção e lavagem de dinheiro.

A defesa do ex-cônsul informou que não vai se manifestar no momento por não ter conhecimento completo da denúncia. Ney Suassuna não tem advogado constituído no processo e ainda não se pronunciou sobre o caso.

Também foram denunciados Dalmo Monteiro Silva (ex-gerente de Afretamentos da Petrobras), Georgios Kotronakis (filho de Konstantinos Kotronakis), Henry Hoyer (ex-assessor de Ney Suassuna), João Henrique Hoyer (filho de Henry Hoyer), Jorge Luz (colaborador), Bruno Luz (colaborador e filho de Jorge Luz), Fernando Bregolato (operador financeiro) e Paulo Arruda (operador financeiro).

Segundo a denúncia, foram praticados crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de 20 contratos de afretamentos de navios da Petrobras vigentes entre 2006 e 2028.

A força-tarefa da Lava-Jato diz que esses contratos geraram, pelo menos, US$ 17,6 milhões em propinas e comissões ilícitas. Os valores foram pagos por quatro armadores gregos - grupos responsáveis pelo transporte de cargas.

De acordo com o MPF, as investigações tiveram início a partir de documentos apreendidos com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e foram impulsionadas pela celebração de acordo de colaboração com ele e seu falecido genro Humberto Mesquita. Também contou com a cooperação jurídica internacional com Luxemburgo, Suíça, Estados Unidos da América, Reino Unido, Grécia, Panamá e Portugal.

A denúncia aponta que, em razão dos acertos de corrupção, esses armadores se comprometeram a pagar propina e comissões ilícitas de 2% do valor dos contratos de afretamento para contas bancárias de empresas offshores vinculadas ao ex-cônsul em países europeus.

“De acordo com as investigações, as propinas foram divididas entre funcionários da Petrobras – como Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento) e Dalmo Monteiro Silva (ex-gerente de Afretamentos) – e agentes ligados ao Partido Progressista, e as comissões ilícitas restantes eram repartidas entre os agentes intermediários do esquema, notadamente Konstantinos Kotronakis, Georgios Kotronakis, Ney Suassuna, Henry Hoyer, João Henrique Hoyer, Jorge Luz e Bruno Luz”, afirma o MPF.

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Jhonathan Oliveira

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